HOJE NO
"PÚBLICO"
Economia perdeu 200 mil empregos
no espaço de um ano
Entre o último trimestre de 2011 e o final de 2012, a economia portuguesa perdeu 200 mil postos de trabalho, sobretudo na construção, indústria e energia.
Os dados divulgados nesta quarta-feira revelam que a população empregada
continua a reduzir-se de forma significativa e o pouco emprego criado é
precário e a tempo parcial. No último ano, a economia perdeu 200 mil
postos de trabalho. Mas, se recuarmos ao terceiro trimestre de 2008 –
quando o emprego começou a cair –, a contracção do mercado de trabalho
foi ainda mais pronunciada. Desde então, perderam-se 664 mil postos de
trabalho e a taxa de desemprego não parou de subir.
No
último trimestre de 2012, a redução do emprego ocorreu sobretudo na
construção, indústria e energia (com uma redução de 12,8%), mas também
no sector dos serviços (onde a quebra foi de 1,9%), com destaque para as
actividades financeiras e a administração pública. Agricultura,
produção animal e pescas foram os sectores onde se criou algum emprego
(a população empregada aumentou 3,3%).
O inquérito ao emprego do
Instituto Nacional de Estatística permite ainda concluir que a redução
do emprego tem ocorrido principalmente entre os trabalhadores com
contratos sem termo (-4,6%) e a termo (-11,3%), enquanto os outros tipos
de contrato, que incluem os recibos verdes, tiveram um ligeiro aumento,
de 1,7%.
O emprego a tempo completo também tem vindo a reduzir-se
(no último trimestre de 2012, houve um recuo de 6,3% face ao período
homólogo), enquanto o trabalho a tempo parcial continua a aumentar (4%).
As estatísticas mostram que o número de pessoas a trabalhar a tempo
parcial, mas que gostariam de ter um emprego a tempo inteiro, também
está a aumentar (9%).
* E até o o Primeiro-ministro admite aumento do desemprego para 2013, tão grave é a má gestão do governo que lidera.
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