2013 desafios e oportunidades
2013 será um ano repleto de oportunidades e desafios.
O mundo está em rápida mudança e as nações europeias terão que se adaptar para poderem competir num mundo globalizado, onde as economias emergentes em franco crescimento na Ásia, África e Américas, serão dominantes.
No Reino Unido e em Portugal procuramos ultrapassar as nossas dificuldades económicas, estabelecendo as bases para um crescimento sustentável.
A prosperidade do Reino Unido depende largamente do êxito da recuperação dos seus parceiros europeus, pelo que estamos conscientes da necessidade urgente de ultrapassar a crise da zona Euro.
O êxito da emissão de dívida pública portuguesa esta semana foi uma boa notícia. Tal como o PM Cameron afirmou no seu discurso esta semana, é do interesse do Reino Unido fazer parte de uma União Europeia "flexível, adaptável e aberta".
O Reino Unido é uma nação global, mas o poder está a deslocar-se e torna-se necessário estarmos presentes em mais locais de forma a ampliar a nossa capacidade para trabalhar eficazmente com os novos centros de tomada de decisão. Daí a nossa intenção de abrir até 20 novos postos diplomáticos em mercados emergentes em África, América Latina e Ásia até 2015; e aumentar os recursos da nossa diplomacia comercial destacados para mercados emergentes, incluindo Brazil e Angola.
A UE continua a ser o maior Mercado Único do mundo, com mais de 500 milhões de consumidores e 21 milhões de empresas, mas é preciso completá-lo. E se agirmos colectivamente, quer seja a combater as alterações climáticas, na luta contra o terrorismo, ou na ajuda ao desenvolvimento (de que a UE é já o maior doador internacional), a UE continuará a desempenhar um papel fundamental.
É importante reforçar o papel da Europa como actor global, promovendo as relações comerciais com diferentes regiões do mundo, por exemplo concluindo o acordo de comércio com o Canadá, conseguindo avanços relativamente ao Mercosul e à Índia, abrindo negociações com o Japão e idealmente iniciando negociações para um acordo de comercio livre UE/ EUA.
No domínio das relações internacionais, o Processo de Paz no Médio Oriente continuará a ser um dos maiores desafios; enquanto a recente intervenção francesa no Mali e na crise dos reféns na Algéria colocaram o Norte de África no topo da agenda, recordando-nos que o contra-terrorismo e a Al-Qaeda irão permanecer connosco durante muito tempo.
O progresso registado na Somália ao longo deste último ano demonstra que quando a comunidade internacional trabalha em conjunto é possível fazer uma enorme diferença. Para além disto, o programa nuclear do Irão continua a inspirar preocupação.
O Reino Unido pretende continuar a desenvolver o seu papel global e trabalhar em estreita colaboração com os seus parceiros na UE, Commonwealth, G8, G20 e outros forums multilaterais. Portugal, de seu pleno direito e como plataforma para outros países de língua portuguesa, será um parceiro importante no esforço por transformar estes desafios em oportunidades.
Embaixadora do Reino Unido
IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
25/01/13
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