HOJE NO
"RECORD"
Declarações de Obama
geram mal-estar na Liga
PRESIDENTE CRITICOU VIOLÊNCIA
Conhecido admirador e impulsionador do desporto nos Estados Unidos, o
presidente Barack Obama envolveu-se numa polémica com os jogadores de
futebol americano (NFL), depois de questionar o excesso de violência na
modalidade.
"Sou um grande fã de futebol americano, mas tenho
de dizer que, se tivesse um filho, teria de pensar duas vezes antes de o
deixar jogar. Todos nós que gostamos da modalidade temos de entender
que esta tem de mudar para tentar reduzir a violência. Em alguns casos
isso pode diminuir o entusiasmo dos jogos, mas só faria bem aos
jogadores", referiu Obama, em declarações ao jornal "The New Republic".
"Fico
mais preocupado com os universitários do que com os da NFL, pois estes
últimos têm um sindicato, são homens crescidos e podem tomar as suas
decisões e também são bem remunerados pela violência de que os seus
corpos são alvo", acrescentou, admitiu que a NCAA (campeonato
universitário) se deve preocupar com essa questão.
Críticas ao presidente
Envolvidos
no derradeiro encontro da temporada da NFL, o Super Bowl, jogadores dos
Baltimore Ravens e San Francisco 49ers criticaram as declarações do
presidente norte-americano.
"Não acho que seja mais ou menos
perigoso do que outros desportos", disse Alex Boone, offensive tackle
dos 49ers, enquanto Joe Flacco, dos Ravens, garantiu que esta foi a
profissão que escolheu e que nunca foi forçado a jogar ou pressionado a
fazer alguma coisa contra a sua vontade.
Jim Harbaugh,
treinador dos 49ers, não comentou diretamente as declarações, mas foi
irónico na resposta: "Se o presidente pensa desta maneira, haverá um
pouco menos de concorrência para Jack [filho do treinador] quando ele
crescer".
A rara voz a favor do presidente foi a de Ed Reed,
dos Ravens, que já tem 11 anos de modalidade. "Gostaria de ajudar no
trabalho neste campo. Estou de acordo com o presidente Obama. Não
apoiarei meu filho, embora também não vá sugerir nada, simplesmente
direi que já joguei e que não tem de fazer o mesmo", admitiu.
* Gostávamos de ver intervenção semelhante da parte da tutela do desporto português.
Não temos futebol americano mas temos "BRUTOBOL"
.
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