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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
PSD:
Redução de 4 mil milhões será "permanente" e aumento do empréstimo não inviabiliza cortes no Estado
O PSD garantiu hoje que o corte nas funções
estruturais do Estado assumido pelo Governo perante a troika será de
carácter "permanente" e esclareceu que o aumento do empréstimo a
Portugal não inviabiliza esse corte.
"O plano que a troika - Fundo Monetário
Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu - nos
apresentou e ao qual o Governo está comprometido é um corte estrutural
de cerca de 4 mil milhões de euros. Um corte estrutural significa que é
um corte permanente", afirmou o deputado social-democrata Duarte Pacheco
aos jornalistas, no Parlamento.
A Comissão Europeia confirmou hoje que o empréstimo português deverá
ser aumentado em "três a quatro mil milhões de euros", devido a
alterações cambiais e nos empréstimos concedidos pelo Fundo Europeu de
Estabilização Financeira (FEEF), aproximadamente o mesmo valor que o
Governo propõe cortar nas funções estruturais do Estado.
"Não estamos a falar de um corte temporário que poderia, esse sim,
ser tapado com um financiamento suplementar. Não queremos um
financiamento suplementar para tapar um corte suplementar. Queremos que o
corte seja estrutural para, por essa via, os impostos e a carga fiscal,
que já hoje todos consideram excessiva possa, ela própria, baixar",
reforçou Duarte Pacheco.
O Jornal de Negócios noticia na sua edição de hoje que Portugal vai
receber "mais três a quatro mil milhões [de euros] da 'troika'",
elevando o empréstimo "para 81 a 82 mil milhões de euros", uma
informação que foi confirmada à Lusa pelo porta-voz da Comissão Europeia
para os Assuntos Económicos e financeiros, Simon O'Connor.
Tendo em conta estas alterações, acrescenta o porta-voz da "Comissão
Barroso", "Portugal pode esperar receber mais três a quatro mil milhões
de euros do que estava inicialmente previsto no plano de 2011, sem
condicionalidade extra".
O empréstimo inicial a Portugal incluía 26 mil milhões de euros do
FMI, 26 mil milhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade e 26
mil milhões de euros do FEEF.
* Vão 100 mil funcionários para a rua
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