HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Comerciantes vão emitir faturas à mão devido a "radicalismo" do Governo
A maioria das empresas que não
conseguiu adquirir as novas máquinas registadoras vai emitir faturas
manualmente, adiantou a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal,
que acusou o Governo de "radicalismo" ao não conceder tolerância nos
prazos.
"Não tem sentido este radicalismo da
posição do Governo, que mais uma vez se coloca na posição de todo o
detentor da verdade e que todo o tecido empresarial é um bando de
pessoas que querem fugir ao fisco", criticou o presidente da
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira
Lopes.
A reforma do regime de faturação entrou em vigor a 1 de
janeiro e, garantiu o Ministério das Finanças, "sem exceções", sendo que
a fiscalização do cumprimento das novas normas será feita por equipas
especiais da Autoridade Tributária (AT) logo no início do 2013.
Os
comerciantes queixaram-se das dificuldades que estão a ter em atualizar
ou modificar os seus sistemas de pagamento em tempo útil, para que, a
partir de 1 de janeiro, possam cumprir as novas regras, que obrigam à
emissão de faturas por cada compra efetuada.
No seguimento, a CCP
pediu ao ministério das Finanças tolerância para os comerciantes que
comprovassem terem feito a encomenda dos novos equipamentos até 31 de
dezembro, evitando penalizações.
"Por parte do ministério das
Finanças não houve qualquer resposta. Inclusivamente houve declarações
públicas no sentido habitual de pura e simplesmente não ligar às
preocupações das empresas", afirmou João Vieira Lopes, acrescentando que
muitos empresários serão forçados a emitir faturas manualmente.
"O
que sucede é que como existe associado a este sistema uma
obrigatoriedade de comunicação em termos informáticos, independentemente
das máquinas, as pessoas têm que testar o sistema, que não é neste
momento claro. Prevemos que vá haver problemas técnicos nos primeiros
meses com o sistema informático", disse o presidente da CCP, sublinhado
que as dificuldades iniciais deveriam bastar para justificar uma maior
tolerância por parte do executivo.
A CCP não tem um número exato
de quantas empresas suas associadas estão afetadas pelo problema de
fornecimento das novas máquinas registadoras, mas garante que são
milhares. A confederação admite que alguns lojistas possam ter decidido
encerrar "pela complicação desta burocracia e pela falta de
rentabilidade do negócio", mas esse não será o cenário maioritário, nem
sequer na hipótese de um encerramento temporário.
"Neste momento
não temos nota de operadores que tenham suspendido a atividade, até
porque a maioria, se suspender a atividade, fecha, porque as vendas já
estão tão fracas que não o podem fazer. A maior parte vai correr o risco
e veremos se vai existir bom senso por parte do ministério das
Finanças", concluiu.
* Esta "factura simplificada" é uma imbecilidade que não moraliza o cumprimento fiscal e só faz gastar dinheiro inútil aos empresários.
Iremos verificar que a receita fiscal irá novamente reduzir.
Quem ganha com a venda das novas máquinas e programas informáticos???
.
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