HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Famílias enfrentam
um aumento brutal de impostos
Conheça as alterações no IRS com que terá de lidar este ano. O agravamento da carga fiscal “roubará” rendimento.
Este será um dos anos mais duros para os contribuintes, em que o
aumento de impostos e as reformas feitas pelo Governo terão um impacto
mais significativo no orçamento das famílias e no seu rendimento
disponível. Há mesmo quem deseje, em vez de um bom 2013, que este ano
passe rápido.
A lista do aumento de impostos é longa, com
particular relevância para o IRS, e fez mesmo com que o próprio ministro
das Finanças, Vítor Gaspar, reconhecesse o "enorme" aumento de impostos
e o PS apelidasse o Orçamento do estado para 2013 (OE/13) de "bomba
atómica fiscal". O aumento de impostos será para todos, desde os
escalões mais baixos aos mais altos. No final, depois de feitas as
contas e os acertos, os contribuintes terão direito a menos reembolso ou
terão de pagar mais IRS.
A partir do momento em que as tabelas
de retenção na fonte entrarem em vigor este ano - ainda não se sabe se
serão aplicadas já em Janeiro - os contribuintes vão sentir a diferença
no seu rendimento mensal. E há que contar ainda com o efeito da
sobretaxa de 3,5%, que será este ano aplicada mensalmente e não apenas
no subsídio de Natal como aconteceu em 2011. Estes dois aumentos farão
uma diferença significativa no rendimento das famílias.
Foi para
mitigar esta quebra no rendimento que o Governo decidiu diluir metade
de cada subsídio - metade do subsídio de férias e metade do de Natal -
em 12 meses. Desta forma, os contribuintes passarão a receber uma parte
dos subsídios todos os meses e na altura de receber o 13º e o 14º meses,
receberão apenas metade. E esta medida é válida para todos: sector
público e privado. O objectivo é que a quebra no rendimento não seja tão
visível para que não afecte tanto o consumo e a procura interna. Por
exemplo, um trabalhador que ganhe 1.812 euros líquidos terá um aumento
de 151 euros por mês, devido ao pagamento de parte dos subsídios em
duodécimos. Mas só terá direito a 906 euros quando chegar a altura de
receber os subsídios.
O que vai acontecer no IRS este ano?
O Governo
decidiu reformar o IRS e reduziu o número de escalões dos actuais oito
para cinco escalões. Com estas alterações veio também o aumento das
taxas. Assim, os novos escalões de IRS variam entre 14,5%, para quem
ganha até sete mil euros por ano e entre 48%, para rendimentos anuais
acima de 80 mil euros. Além do aumento das taxas, os contribuintes terão
também de suportar uma sobretaxa de 3,5% no IRS.
Há quem se safe |
Quem ganha
mais de 80 mil euros por ano terá ainda de pagar uma taxa adicional de
2,5%, que sobe para 5%, quando os rendimentos ultrapassam os 250 mil
euros. Isto fará com a taxa de IRS ultrapasse os 50% nos escalões mais
altos. São, por isso, muitos os críticos que têm apelidado este aumento
do imposto de confiscatório e que têm duvidado da sua
constitucionalidade. As deduções à colecta terão também alterações. Os
abatimentos que os contribuintes podem fazer com as despesas da casa vão
ser drasticamente reduzidos e serão ainda introduzidos tectos globais
aos montantes que poderão ser deduzidos. Por sua vez, os trabalhadores
independentes também sairão penalizados (ver caixas ao lado).
E
recorde-se ainda que as taxas liberatórias aplicadas aos juros,
dividendos, royalties e mais-valias bolsistas vão passar a pagar mais
imposto: a taxa sobe de 26,5%, para os 28%
Mas não é só o IRS que vai
ter um impacto profundo na vida das famílias. O IMI promete ser uma dor
de cabeça, já que o processo geral de avaliação de casas vai fazer com
que o imposto suba para a maioria dos proprietários.
* O assalto vai ser tremendo, mas atenção às notícias "explosivas" que podem surgir, não se sabe quem as encomenda, para depois a dura realidade parecer um pouco melhor.
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