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ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"
"VIDA ECONÓMICA"
Tema esteve em discussão
na Católica Porto
Ausência de ruído dos veículos elétricos
. levanta problemas de segurança
A ausência de ruído dos veículos elétricos pode levantar alguns
problemas em termos de segurança em ambiente urbano e, até de feedback e
prazer de condução. Com efeito, pesquisas revelam o aumento do risco
de colisão de peões e ciclistas com veículos silenciosos. Aliás, a
legislação americana sobre segurança dos peões, publicada em 2011, exige
que, num futuro próximo, estas viaturas possuam um alerta sonoro.
O Centro de Criatividade Digital (CCD) da Escola das Artes da Católica
Porto promoveu um debate sobre o tema e vai arrancar, no início de 2013,
com um concurso internacional para o design de som em veículos
elétricos. "A questão do som (ou falta dele) é algo que se torna agora
cada vez mais óbvio com o aumento de veículos destes a circular nas
nossas estradas e cidades.
Problemas de segurança criados pela
dificuldade de detetar veículos tão silenciosos (como atropelamentos ou
colisões), questões de feedback e prazer de condução de veículos que
não devolvem reações sonoras à condução que se pratica, oportunidades
de costumização sonora dos veículos (por exemplo, o condutor poder
alterar o som do seu veículo a seu gosto, ou pelo fabricante que o usa
como branding sonoro) são seguramente pontos nas agendas dos
fabricantes de automóveis", disse à "Vida Económica" Luís Gustavo
Martins, diretor do departamento de som e imagem da Escola das Artes da
Católica Porto, quando questionado se os construtores automóveis estão
recetivos à introdução de som nos carros elétricos.
Luís Gustavo Martins acredita, por isso, que "há um interesse claro
nesta problemática do 'som que deve fazer um veículo elétrico?', e que
pode ir muito além da simples imitação do tradicional som de um motor de
combustão interno, ou da proposta de meros sons electrónicos e pouco
dinâmicos e adaptativos às condições de condução, do próprio condutor,
ou do ambiente ou contexto onde o veículo se encontra (como seja num
engarrafamento de trânsito, à noite numa zona residencial, numa zona com
muitos peões, etc.)".
A mesma fonte salienta que o CCD da Católica Porta poderia ter um papel
"na fase concetual e criativa do design do som" numa possível
industrialização. "O CCD assumiria assim neste processo um papel
semelhante ao que um gabinete de design automóvel assume, em que depois
de definido o conceito estético para um novo veículo, e de se construir
protótipos não funcionais em diferentes escalas, se passa para um
protótipo funcional já com componentes de engenharia (como a suspensão,
travões, motor, etc.), e onde se valida o design proposto e a
exequibilidade do mesmo do ponto de vista funcional e até comercial",
refere Luís Gustavo Martins.
* Os problemas do silêncio
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