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Atividade cirúrgica do tratamento de
. obesidade caiu 13% no primeiro semestre
As cirurgias de
tratamento da obesidade sofreram uma redução de 13% no primeiro semestre
do ano, relativamente ao período homólogo de 2011, que se traduziu em
menos 135 operações, disse o médico José Silva Nunes.
O
presidente da Associação de Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO),
Carlos Oliveira, afirmou hoje que as cirurgias contra a obesidade estão
praticamente paradas e que alguns hospitais deixaram mesmo de as
realizar, engrossando os tempos de espera para esta operação.
Esta
afirmação foi refutada por José Silva Nunes, do Grupo Técnico de
Acompanhamento do Tratamento Cirúrgico da Obesidade, da Direção-Geral da
Saúde, assegurando que "as cirurgias não estão paradas".
"Não há
uma descida abrupta" do número de cirurgias realizadas nos centros de
tratamento da obesidade, mas sim uma "discreta redução" em termos da
produção cirúrgica nacional, sublinhou.
Segundo o especialista,
foram realizadas 1.066 cirurgias no primeiro semestre de 2011 e 931
cirurgias nos primeiros seis meses deste ano.
José Silva Nunes
adiantou que houve centros que aumentaram a sua atividade cirúrgica,
como foi o caso do Hospital Distrital de Évora que registou um aumento
de cerca de 10% nos primeiros seis meses do ano comparativamente ao
primeiro semestre do ano passado.
"Há uma exceção", que é o Centro
de Tratamento de Obesidade do Hospital Distrital de Faro, que
interrompeu a sua atividade no início do ano e, por isso, só foram
realizadas seis intervenções cirúrgicas, adiantou.
O Ministério
da Saúde publicou hoje em Diário da República uma portaria que integra
as cirurgias de obesidade nos contratos-programa dos hospitais e inclui a
realização de novos procedimentos no Programa de Tratamento Cirúrgico
da Obesidade (PTCO).
José Silva Nunes está convicto que estas alterações no modelo de financiamento não terão implicações na atividade cirúrgica.
"Se
há capacidade de resposta dos diversos centros de tratamento não é pelo
facto de não haver um programa de financiamento vertical que essa
capacidade de resposta vai ser substancialmente alterada", sublinhou
O
PTCO, enquanto programa com financiamento próprio, previa a realização
de 2.500 cirurgias de tratamento da obesidade por ano e um máximo de
nove meses de espera por esta solução.
Durante os dois anos de
implementação do programa segundo esse modelo de financiamento, 2010 e
2011, foram realizadas 1980 e 1833 cirurgias bariátricas,
respetivamente.
* A falta de dinheiro não é a única justificação.
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