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SOS-Criança recebeu mais
de 77 mil pedidos em 24 anos
Mais de 77 mil chamadas telefónicas chegaram em 24 anos ao serviço SOS-Criança, do Instituto de Apoio à Criança (IAC), sendo a maioria de apelos de crianças em risco, maltratadas, abusadas sexualmente e desaparecidas.
O SOS-Criança, que
hoje completa 24 anos de existência, recebeu, através do telefone
116111, 77.054 chamadas, das quais 2.554 foram este ano, segundo dados
divulgados à agência Lusa.
As principais chamadas estão
relacionadas com crianças em risco, negligência, maus tratos e abusos
sexuais, além de muitos jovens que ligam para o SOS-Criança para
desabafar e apresentar os seus problemas.
Manuel Coutinho,
psicólogo clínico e secretário-geral do IAC, disse à Lusa que há muitos
jovens que atualmente ligam para o serviço "preocupados com o futuro" e
"com medo de os pais perderem o emprego" devido à crise.
Em 1988,
quando o IAC criou o SOS-Criança apenas existia o serviço de atendimento
telefónico especializado, hoje conta também com uma linha dedicada às
crianças desaparecidas, um endereço eletrónico, um atendimento
personalizado ao nível do apoio social, jurídico e psicológico e um
gabinete de mediação escolar.
No total, ao SOS-Criança chegaram,
até hoje, cerca de 119.130 situações de perigo ou problemas, sendo a
maioria pelo atendimento telefónico (77.054), seguindo-se a mediação
escolar (20.873), o atendimento psicológico (1.045), o endereço
eletrónico (5.102) e a linha das crianças desaparecida (404).
Criada em 1988, o SOS-Criança é um serviço anónimo e confidencial, de
apoio às crianças e familiares, que pretende dar voz aos mais jovens,
promovendo e defendendo os seus direitos.
O SOS-Criança é um serviço de prevenção que pretende atuar antes que a situação de risco se concretize.
Manuel
Coutinho faz um "balanço muito positivo" dos 24 anos de existência do
serviço, considerando que hoje as pessoas "são mais atentas e menos
permissivas aos maus tratos e riscos" das crianças.
O
secretário-geral do IAC adiantou que o SOS-Criança conseguiu "mudar
mentalidades", ajudar que as crianças sejam mais respeitadas e criou um
modelo de "mais compreensão" para com os mais jovens.
"A sociedade passou a não ser tão tolerante com os infratores e passou a denunciar", disse.
* Uma obra de mérito
.
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