DOUTRO SÉCULO
ALMA SERENA
Alma serena, a consciência pura,
assim eu quero a vida
que me resta.
que me resta.
Saudade não é dor nem amargura,
dilui-se ao longe
a derradeira festa.
a derradeira festa.
Não me tentam
as rotas da aventura,
as rotas da aventura,
agora sei que
a minha estrada é esta:
a minha estrada é esta:
difícil de subir, áspera e dura,
. mas branca a urze,
de oiro puro a giesta
Assim meu canto
fácil de entender
como chuva a cair,
planta a nascer,
planta a nascer,
como raiz na terra,
água corrente.
água corrente.
Tão fácil o difícil
verso obscuro!
Eu não canto, porém,
atrás dum muro,
eu canto ao sol e
para toda a gente.
Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"
.
Sem comentários:
Enviar um comentário