HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
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Investigadas mortes por drogas ilegais
As mortes provocadas pelo consumo de drogas legais, compradas em
‘smartshops’, estão a ser investigadas pelas autoridades de saúde, que
já iniciaram um levantamento do número de casos junto dos hospitais.
Só
na Madeira, desde o início do ano, já morreram quatro pessoas devido ao
consumo destas substâncias e 150 foram internadas. Segundo o
Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência foram detectadas 57
novas drogas desde Janeiro.
“A
contabilização e tipificação das mortes está a ser feita. É um problema
de saúde pública”, considera João Goulão, presidente do Instituto da
Droga e Toxicodependência (IDT), referindo-se ao crescente número de
jovens que chegam aos hospitais, com surtos psicóticos, ataques de
pânico e problemas cardíacos provocados pelo consumo de drogas
sintéticas legais.
O
levantamento em curso, refere o presidente do IDT, esbarra na
dificuldade de estabelecer uma relação entre o consumo de determinada
droga e a morte. “Não há ainda um nexo de causalidade, claramente
assumido, entre a ingestão de uma determinada droga e a determinada
morte. Há estudos forenses em curso, mas não temos essa causalidade”,
afirma, dando conta que “é muito complicado perceber quais são as
substâncias envolvidas, porque os aparelhos de análises não as conseguem
identificar”.
É
urgente, diz o especialista, que “as pessoas percebam os riscos
associados ao consumo destas substâncias”. “Se alguém for parar a uma
urgência de hospital, com uma overdose de heroína, os médicos sabem o
que devem fazer. Com estas drogas sintéticas, sobre as quais ainda
existe um conhecimento científico muito reduzido, os profissionais de
saúde não sabem como agir”, acrescenta.
* Quem foram os iluminados que autorizaram a abertura destas lojas de morte?
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