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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Estudo:
Famílias são as mais afectadas pelo Orçamento do Estado, bancos os menos
O grupo das famílias mais pobres é o mais penalizado pelas medidas do Orçamento do Estado, de acordo com um estudo de opinião da Deloitte. No ano passado, era o segmento que menos sofria.
Ao contrário do ano passado, as famíliasmais pobres são as mais afectadas pelas medidas integradas na proposta
do Orçamento do Estado para o próximo ano, segundo um estudo de opinião
realizado pela consultora Deloitte.
61,1% dos entrevistados
naquele inquérito apontaram as famílias mais pobres como as mais
afectadas pelo documento, onde se inclui a introdução de uma sobretaxa
de 4% sobre o rendimento dos trabalhadores e a alteração dos escalões de
Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares (IRS). As famílias mais
pobres correspondem ao grupo que, no estudo que a Deloitte realizou o
ano passado sobre o OE para 2012, era apontado como o menos afectado.
Além das famílias mais pobres, mais de metade dos entrevistados (53,6%)
indica ainda que tanto a classe média como as famílias, aqui sem
distinção de classe, estão entre as que mais vão sentir o efeito da
entrada em vigor do Orçamento do Estado. A Deloitte conclui que, com as
novas medidas do IRS, 58% dos portugueses inquiridos pensam que o
rendimento disponível vai ser afectado “em larga escala” no próximo ano.
Em quatro lugar, depois das famílias e da classe média, aparecem os
funcionários públicos, que foram apontados como estando entre os mais
prejudicados pelo documento por 18,07% dos entrevistados, acima dos
reformados (17,7%).
No lado oposto aparece a banca. Nenhum dos
portugueses ouvidos pela consultora colocou-os como um dos mais
penalizados pelo OE. 0,1% dos entrevistados apontou o Estado e as
autarquias como sofrendo com o documento, a mesma percentagem que
indicou que as grandes empresas estão entre as mais afectadas pela
implementação das medidas constantes na proposta do Orçamento do Estado
para 2013, cuja aprovação final é a 27 de Novembro.
Dentro das
conclusões do estudo de opinião está ainda a de que 59% dos inquiridos
consideram que as medidas apresentadas no OE 2013 vai “muito para além
do que seria necessário dado o estado da economia”. Por outro lado, 75%
pensa que a situação económica do país vai deteriorar-se com a entrada
em vigor do documento.
* Os banqueiros serão sempre os menos prejudicados, a promiscuidade com a política traz-lhes vantagens.
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