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HOJE NO
"RECORD"
Guerra na Ferrari entre Alonso
e diretor técnico
Piloto quis denunciar ausência
de melhoramentos no carro
A Ferrari está a ferro e fogo por conta de um desentendimento entre o piloto Fernando Alonso e o diretor técnico Pat Fry [na foto]
que começou na quinta-feira e só foi refreado graças à intervenção do
diretor desportivo Stefano Domenicali e à posterior à prestação
excecional do espanhol na corrida do GP da Índia - 2.º, atrás de
Sebastian Vettel -, no domingo.
"Montes de conversa, mas zero
de desenvolvimentos", queixou-se Alonso na quinta-feira, mostrando
impaciência face à ausência de inovações técnicas no carro ao longo de
várias corridas.
No sábado, após o 5.º lugar na qualificação na Índia, o espanhol afirmou que a luta era contra Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull-Rebault, e não contra Vettel.
Muitos viram aqui uma tentativa de fazer guerra psicológica contra o rival alemão.
Afinal,
de acordo com a comunicação social italiana, o espanhol queria atingir
Fry, que é o responsável pela divisão de chassis da Ferrari.
Fry
não gostou e, apesar de ter utilizado "nós" [equipa] em vez de "eles"
[pilotos], a verdade é que os destinatários da crítica tornada comum
eram Alonso e o companheiro de equipa, Felipe Massa.
"O
resultado reflete o nosso potencial atual. Mas para estar onde
queríamos, e éramos capazes de estar, era preciso sermos perfeitos hoje e
não fomos", disse Fry em análise à qualificação, num comunicado oficial
da escuderia, que fez Alonso perder as estribeiras.
De acordo
com relatos, o espanhol preparou uma resposta dura através do Twitter e
só não carregou no botão "tweet" devido à intervenção de Domenicali.
Alonso
pretendia transmitir aos 1,2 milhões de seguidores que os principais
componentes aerodinâmicos na parte traseira do Ferrari ainda são os
mesmos que eram em maio, por altura do GP de Espanha.
Mas não
foi fácil demover Alonso. A discussão com Domenicali durou até à 1 da
amanhã, já na madrugada de domingo, dia da corrida.
* Um mundo à parte, um mundo de ricos.
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