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HOJE NO
"PÚBLICO"
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Consumidores menos confiantes
em relação à economia
Os consumidores estão mais pessimistas em relação à economia e à sua
situação financeira daqui a um ano. Os indicadores de clima económico e
de confiança medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) caíram
em Outubro com o esperado aumento da carga fiscal em 2013.
O sentimento negativo dos consumidores continua muito baixo.
Embora o indicador estivesse a recuperar desde Fevereiro, interrompeu
esse movimento ascendente em Setembro e reduziu-se ainda mais em
Outubro.
O Inquérito de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores
revelado esta terça-feira pelo INE mostra, no caso destes últimos, um
recuo do indicador de -51,4 no mês passado, para -55,3 em Outubro.
Os
consumidores mostram-se menos confiantes tanto em relação à situação
económica do país daqui a um ano, como à sua própria situação
financeira. Os dados do inquérito indicam que os consumidores estão
menos optimistas face à capacidade de poupar dinheiro nos próximos 12
meses e à “situação financeira no lar” até Outubro do próximo ano.
Este agravamento coincide com o período em que o Governo deu a conhecer uma nova dose de austeridade para 2013, com um aumento dos impostos sobre os contribuintes, as empresas, a propriedade ou as transacções financeiras.
O Governo e a troika
prevêem, para o próximo ano, um prolongamento da recessão, com uma
queda de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), um cenário que oposição e alguns economistas
consideram optimista, face ao receio de agravamento da conjuntura
externa e ao impacto do esforço de consolidação orçamental na actividade
económicas.
Também o indicador de clima económico diminuiu pelo
segundo mês consecutivo – de forma mais significativa em Outubro –,
contrariando a tendência de recuperação que se verificava desde Março. O
indicador baixou agora de -4,2 para -4,6.
Nas empresas, o
indicador de confiança baixou em todos os sectores abrangidos neste
inquérito pelo INE, desde a construção e obras públicas, à indústria
transformadora, ao comércio e aos serviços.
A confiança neste
último sector voltou a cair para o nível mais baixo em mais de 11 anos –
desde Abril de 2001, o início desta série de inquéritos do INE. Houve
uma degradação da confiança em relação à actividade empresarial e à
carteira de encomendas nos últimos três meses e à procura nos três
seguintes.
No comércio, houve um agravamento de todos os
indicadores de confiança. Seja no comércio por grosso, seja no comércio a
retalho, baixou o indicador relativo ao volume de vendas, à actividade
nos próximos três meses e ao nível de existências em armazém.
* Não existe uma única razão para se confiar.
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