25/10/2012

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Estudantes combatem exaustão 
com drogas 

Os estudantes do ensino superior de Lisboa apresentam níveis de exaustão física e emocional e desmotivação elevados, recorrendo, por vezes, a drogas ou medicamentos para lidar com a situação, disse esta quinta-feira o investigador João Marôco, que reconheceu estar "preocupado".

João Marôco, professor e investigador do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) realizou cerca de 500 inquéritos nos anos lectivos de 2009/10 e 2010/11, a alunos de várias áreas do ensino superior, privado e público da região de Lisboa e concluiu que 15% apresentavam níveis moderados a elevados de ´burnout´.
O estudo, apresentado esta quinta-feira, avaliou o grau de exaustão emocional (cansaço emocional e físico em que as pessoas sentem não ter força para continuar a trabalhar ao mesmo ritmo), de cinismo e descrença relativamente à utilidade dos estudos, e realização e eficácia profissional (se têm dificuldades em cumprir as tarefas atribuídas pelos professores), factores que determinam a existência de ´burnout´.
Os resultados referem que mais de metade dos alunos apresentam baixa eficácia ou realização profissional, 18% têm níveis elevados de cinismo ou descrença na utilidade dos estudos e 21% revelam exaustão emocional elevada.
"Dava para perceber, como professor, que alguns alunos têm níveis de exaustão emocional bastante elevados e baixos níveis de eficácia, ou seja, os trabalhos que apresentavam e a participação na aula revelavam que não estavam a conseguir acompanhar o que lhes era exigido e o ritmo a que as aulas decorrem", relacionado com as regras do acordo de Bolonha, disse à Lusa João Marôco.

Outro sinal da situação "tem a ver com a descrença e os alunos transmitiam que achavam que não davam conta do trabalho", acreditavam não conseguir fazer a disciplina e, por vezes, julgavam-se mesmo incapazes de terminar o curso, relatou o autor do estudo."
João Marôco disse que, "muitas vezes, para lidar com este estado de exaustão emocional, descrença e cinismo, os mais jovens recorrem a substâncias psicotrópicas, a drogas, a medicamentos".

* Os "donos do dinheiro", já o referimos várias vezes, gostam duma geração desmotivada, à deriva, mais fácil de "escravizar". Sobram para os filhos dos "donos do dinheiro" e mais alguns amigos, os lugares chave na economia e na política, é assim que se domina um povo.

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