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HOJE NO
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Ministro da Saúde quer "diminuir os tempos de espera" para transplantes de órgãos e tecidos
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou hoje, em Coimbra, que
"temos de fazer tudo para diminuir os tempos de espera" para
transplantes de órgãos e tecidos, em Portugal.
"Temos consciência que há pessoas em espera, e temos de fazer tudo
para diminuir os tempos de espera" e para que "estes venham a ser cada
vez menores", sustentou o governante, que falava no Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra (CHUC), numa sessão evocativa do primeiro
transplante hepático efetuado há 20 anos, naquela cidade, por uma equipa
liderada por Alexandre Linhares Furtado.
"A nossa limitação reside na diminuição de dadores cadavéricos com
condições para doar", sublinhou Paulo Macedo, reconhecendo, no entanto,
que "também há problemas ao nível da colheita, que têm de ser
corrigidos".
Há "assimetrias regionais" em relação à colheita de órgãos, disse o
ministro, referindo que a região de Coimbra, com uma média de 39 dadores
cadavéricos por milhão de habitantes, "está acima da média nacional"
(28,1) e mesmo da média registada em Espanha, que é uma das mais
elevadas da Europa.
Portugal, no entanto, "tem tido uma posição invejável nos que diz
respeito à transplantação de órgãos e tecidos", apesar de, "nos últimos
três/quatro anos, ter vindo a assistir a uma diminuição de
transplantes".
O país "continua numa posição de destaque no panorama
internacional", o que, todavia, não deve fazer com que "ignoremos que
tem havido quebras", que "determinam o aumento do número de doentes que
aguardam transplantação", defendeu Paulo Macedo.
Na sessão evocativa do 20.º aniversário do primeiro transplante
hepático, realizado em Coimbra, depois de ter sido descerrada uma lápide
alusiva à efeméride, na Unidade de Transplantação Hepática do CHUC,
também intervieram Alexandre Linhares Furtado e o seu filho, o cirurgião
Emanuel Furtado, o presidente do conselho de administração do CHUC,
José Martins Nunes, e a primeira doente adulta e a primeira criança
transplantadas por aquele serviço.
"As pessoas aqui transplantadas há 20 anos" e "a atividade deste
hospital" são reflexo da "capacidade diferenciadora que temos" em
Portugal, uma das circunstâncias que faz com que os hospitais não sejam
apenas "locais de esperança -- os hospitais do nosso Serviço Nacional de
Saúde são uma certeza", afirmou Paulo Macedo.
* É o único ministro deste governo que consideramos e se tiver hipóteses faz obra, pese a ligação forte que tem à banca com interesses em hospitais privados.
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