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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Pedro Passos Coelho
não exclui mais imposto
O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que ninguém no
Governo, seja independente, do CDS-PP ou do PSD, deseja sobrecarregar os
portugueses com mais impostos, mas defendeu que nesta altura nenhuma
decisão pode ser excluída.
Em
declarações aos jornalistas, na Autoridade Nacional de Proteção Civil,
em Lisboa, o primeiro-ministro começou por referir que considera "há
muito tempo" que "a carga fiscal em Portugal é muito elevada", mas
sustentou que a situação do país não permite "fazer qualquer alívio da
carga fiscal" nesta altura e disse que todos no Governo, "pessoas que
tenham uma origem independente, origem no CDS-PP ou no PSD", estão
conscientes disso.
"Todos desejaremos, não tenho dúvida nenhuma,
ultrapassar as nossas dificuldades sem sobrecarregar mais os portugueses
com impostos, mas nenhum de nós - rigorosamente nenhum de nós - está em
condições de dizer que não vai tomar uma ou outra decisão se ela tiver
de ser adotada", acrescentou Pedro Passos Coelho.
"Espero ter
contribuído para pôr um ponto final em notícias públicas que dão conta
de que é possível fazer umas coisas ou não é possível fazer outras,
porque nós não estamos, no domínio das possibilidades, a fazer
discussões sobre aquilo que desejaríamos ou que gostaríamos, mas sobre
aquilo que temos de fazer. E isso será conhecido em seu devido tempo
quando o próprio Governo, no seu todo, de forma coesa, como tem sempre
acontecido, divulgar perante o país as suas conclusões", rematou.
O
primeiro-ministro fez estas declarações depois de ser questionado sobre
a oposição do CDS-PP a mais aumentos de impostos, que o deputado
centrista Adolfo Mesquita Nunes disse ter transmitido à 'troika' na
terça-feira, na Assembleia da República.
Sobre a sua reunião de
hoje com a 'troika' e sobre a avaliação do Programa de Assistência
Económica e Financeira a Portugal, Pedro Passos Coelho recusou falar,
adiantando que no final desse processo fará uma declaração ao país.
"Enquanto
decorre esta avaliação, o Governo não pode pronunciar-se, como a
'troika' não se pode pronunciar. Haverá, portanto, um momento próprio,
em que haverá, quer da minha parte, quer da parte do senhor ministro das
Finanças, uma comunicação ao país sobre este exame regular, as
perspetivas que ele encerra e que abre para o futuro. Não é hoje esse
momento", afirmou.
Por outro lado, o primeiro-ministro remeteu
todas as questões relativas ao futuro da RTP para o ministro-Adjunto e
dos Assuntos Parlamentares: "Deixarei que seja o senhor ministro Miguel
Relvas a responder a essas questões, porque julgo que é a ele que deve
caber essa resposta".
* Ficaram esclarecidos, vamos mesmo pagar mais impostos?!?!
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