HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Deco prevê que novas medidas
.criem "mais miséria" nas famílias
O
secretário-geral da Deco, Jorge Morgado, considerou esta terça-feira
que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro na sexta-feira são um
"duro golpe" para os "bolsos já secos" dos portugueses e vão criar "mais
miséria" nas famílias pobres.
"É um duro golpe (...) que vai
provocar mais empobrecimento da classe média e retirar ainda mais
dinheiro à economia portuguesa", disse à agência Lusa o secretário-geral
da associação de defesa do consumidor.
O primeiro-ministro
anunciou sexta-feira mais medidas de austeridade para 2013, incluindo os
trabalhadores do setor privado, que, na prática, perderão o que o Pedro
Passos Coelho diz corresponder a um subsídio através do aumento da
contribuição para a Segurança Social de 11 para 18%.
Os
funcionários públicos continuam com um dos subsídios suspensos (na
totalidade nos rendimentos acima dos 1.100 euros/mensais e parcialmente
acima dos 600 euros) e o outro é reposto de forma diluída nos 12
salários, que será depois retirado através do aumento da contribuição
para a Segurança Social.
A contribuição das empresas passa dos atuais 23,75% para 18%. Os pensionistas continuam sem subsídios de natal e férias.
No
entender do responsável pela associação de defesa do consumidor, o
Governo demonstrou "extrema insensibilidade social" e começa a "mostrar
ineficácia" na resolução da situação em que Portugal se encontra.
"É
preciso lembrar que são os consumidores que estimulam e induzem emprego
e neste quadro os consumidores já estão muito retraídos e vão diminuir
os efeitos benéficos da sua ação na economia nacional. Com estas medidas
apagam-se as pequenas luzes que dizem existir no fundo do túnel e o
túnel parece cada vez mais escuro e longo", frisou.
Na opinião do secretário-geral da Deco, tudo está a ser feito no sentido de retirar benefícios e dinheiro aos portugueses.
"Parece
que a procissão ainda vai no adro. Não há noção de que é preciso
reativar a economia, repor dinheiro na economia e nós [Deco] não vemos
projetos que de certa maneira sejam pilotos de qualquer iniciativa de
reanimar a economia", concluiu.
As medidas vão estar previstas no
Orçamento do Estado de 2013 e são justificadas pelo governo como uma
forma de compensar a suspensão dos subsídios de férias e de Natal em
2013 e 1014, "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.
* Este governo neo liberal não está para governar, é mais fácil entregar ao "grande capital", não é charla comunista, a pouca riqueza que existe, que depois lhe será devolvida em tachos e panelas quando os ex-ministros regressarem à vida privada. Já há bons exemplos deste mecanismo.
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