04/07/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Peso das famílias no financiamento 
do Estado nunca foi tão baixo 

Peso dos certificados no total de dívida é de apenas 6%. Há cinco anos era de 16% e em 2003 foi de 20%. As famílias portuguesas têm um peso cada vez menor no financiamento do Estado. 

Se no final de 2003 quase um quinto da dívida directa do Estado estava nas mãos dos aforradores portugueses, através de certificados, no final de Maio os investidores de retalho detinham apenas 6% do total da dívida do Estado. 

Já a percentagem da dívida portuguesa nas mãos da ‘troika' não pára de crescer, com a UE e o FMI a deterem 29% da dívida portuguesa, segundo cálculos do Diário Económico baseados em dados do IGCP. "O Estado não está a aproveitar o potencial de poupança dos portugueses e a evolução dos depósitos nos últimos tempos comprova que esse potencial existia", explica o presidente da Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia. 

Nos últimos 12 meses, os depósitos de residentes subiram 8,45% (10,2 mil milhões de euros) para 131 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal. Já o valor aplicado em certificados de aforro e do tesouro caiu 20,6% (três mil milhões de euros) para 11,7 mil milhões de euros, de acordo com números do IGCP. A concorrência agressiva dos bancos para captar depósitos com o objectivo de cumprir as condições impostas pelas autoridades tem penalizado os instrumentos de poupança do Estado. 

 * Ele não mente, ele não engana, ele não ludribia, mas é incompetente.

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