12/07/2012


 
HOJE NO
"i"

Listas oficiais desmentem conselho científico divulgado pela Lusófona 

Dos 16 nomes avançados pela Universidade Lusófona, seis docentes não faziam parte de qualquer órgão científico-pedagógico entre 2005 e 2007 

 As listas oficiais do corpo docente da Universidade Lusófona de 2005, 2006 e 2007, enviadas para o Observatório da Ciência e do Ensino Superior e para o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, desmentem a informação avançada por aquela instituição sobre a composição do conselho científico que terá atribuído as equivalências ao ministro Miguel Relvas. Dos 16 nomes avançados na segunda-feira,  seis docentes não faziam parte de qualquer órgão científico-pedagógico naqueles anos. De acordo com o cruzamento de dados realizado pelo i, apenas Fernando Santos Neves, então reitor, Teotónio R. Souza e Zoran Roca integravam este tipo de órgãos em todos os anos em análise. Confrontada com estas discrepâncias, fonte oficial da Universidade Lusófona justificou: “Eventualmente houve algum desfasamento resultado de transformações orgânicas.”

Desfasamentos que não ficam por aqui. Dos restantes nomes que a Lusófona revelou à agência Lusa – e que alegadamente pertenciam ao conselho científico quando o actual ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares submeteu o seu pedido de reconhecimento profissional – há mesmo quem nem sequer surja na lista de docentes daqueles anos. Selma Calasans Rodrigues, Marco António de Oliveira, Manuel Tavares Gomes, Luis Manana de Sousa, José Braz Rodrigues e Aurea Carmo Conceição não constam dos dados de 2006, ano em que o curriculum de Relvas fora analisado. Todos eles, à excepção de Selma Rodrigues  surgem, contudo, como docentes em outros anos, mas sem integrar órgãos científico-pedagógicos da instituição.

Rita Ciotta Neves só surge como elemento de um órgão científico-pedagógico em 2007.
De acordo com a pesquisa do i, os seis membros da Lusófona que, sendo docentes, não faziam parte de qualquer órgão científico-pedagógico são Óscar de Sousa, Machozi Bangale, José Grosso de Oliveira, José Bernardino Duarte, Fernanda Neutel e Artur Parreira Gonçalves.

Na segunda-feira, a  Lusófona divulgou os 16 nomes depois de ser noticiado que o processo do ministro Adjunto Miguel Relvas na Universidade Lusófona, facultado aos jornalistas, era omisso quanto à composição do conselho científico que terá atribuído as equivalências em 2006/2007.

Ligações Maçónicas 
A universidade não é o único elo de ligação entre o administrador Manuel Damásio e o ministro Relvas. Ao que o i apurou, o administrador e o ministro pertencem ambos ao Grande Oriente Lusitano (GOL), a mais influente corrente maçónica portuguesa.
Confrontado com estas informações, Manuel Damásio referiu apenas: “Acho que esse tipo de questões é irrelevante, sem qualquer sentido a propósito deste caso. E lamento que reine esta mentalidade no nosso país.” Fonte próxima de Relvas diz que o ministro nunca se cruzou com Damásio no GOL e que não o conhecia quando entrou para a Lusófona.  


 * Era de suspeitar que a lista fosse mais uma aldrabice. Ridículo é pensar-se que os jornalistas são tótós e não sabem cruzar a informação.

Naturalmente que é mais um lapso "relvístico" a juntar por exemplo àquele existente nos registos da Assembleia da República, referindo relvas como estudante a frequentar o 2º ano.
Para quando mudar o nome para "Universidade Tugófona", porque "Lusófona" também é um lapso.

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