HOJE NO
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Listas oficiais desmentem conselho científico divulgado pela Lusófona
Dos 16 nomes avançados pela Universidade Lusófona, seis docentes não faziam parte de qualquer órgão científico-pedagógico entre 2005 e 2007
As listas oficiais do corpo docente da Universidade Lusófona de 2005,
2006 e 2007, enviadas para o Observatório da Ciência e do Ensino
Superior e para o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e
Relações Internacionais, desmentem a informação avançada por aquela
instituição sobre a composição do conselho científico que terá atribuído
as equivalências ao ministro Miguel Relvas. Dos 16 nomes avançados na
segunda-feira, seis docentes não faziam parte de qualquer órgão
científico-pedagógico naqueles anos. De acordo com o cruzamento de dados
realizado pelo i, apenas Fernando Santos Neves, então reitor, Teotónio
R. Souza e Zoran Roca integravam este tipo de órgãos em todos os anos em
análise. Confrontada com estas discrepâncias, fonte oficial da
Universidade Lusófona justificou: “Eventualmente houve algum
desfasamento resultado de transformações orgânicas.”
Desfasamentos que não ficam por aqui. Dos restantes nomes que a
Lusófona revelou à agência Lusa – e que alegadamente pertenciam ao
conselho científico quando o actual ministro adjunto e dos Assuntos
Parlamentares submeteu o seu pedido de reconhecimento profissional – há
mesmo quem nem sequer surja na lista de docentes daqueles anos. Selma
Calasans Rodrigues, Marco António de Oliveira, Manuel Tavares Gomes,
Luis Manana de Sousa, José Braz Rodrigues e Aurea Carmo Conceição não
constam dos dados de 2006, ano em que o curriculum de Relvas fora
analisado. Todos eles, à excepção de Selma Rodrigues surgem, contudo,
como docentes em outros anos, mas sem integrar órgãos
científico-pedagógicos da instituição.
Rita Ciotta Neves só surge como elemento de um órgão científico-pedagógico em 2007.
De acordo com a pesquisa do i, os seis membros da Lusófona que, sendo
docentes, não faziam parte de qualquer órgão científico-pedagógico são
Óscar de Sousa, Machozi Bangale, José Grosso de Oliveira, José
Bernardino Duarte, Fernanda Neutel e Artur Parreira Gonçalves.
Na segunda-feira, a Lusófona divulgou os 16 nomes depois de ser
noticiado que o processo do ministro Adjunto Miguel Relvas na
Universidade Lusófona, facultado aos jornalistas, era omisso quanto à
composição do conselho científico que terá atribuído as equivalências em
2006/2007.
Ligações Maçónicas
A universidade não é o único elo de ligação entre
o administrador Manuel Damásio e o ministro Relvas. Ao que o i apurou, o
administrador e o ministro pertencem ambos ao Grande Oriente Lusitano
(GOL), a mais influente corrente maçónica portuguesa.
Confrontado com estas informações, Manuel Damásio referiu apenas: “Acho
que esse tipo de questões é irrelevante, sem qualquer sentido a
propósito deste caso. E lamento que reine esta mentalidade no nosso
país.” Fonte próxima de Relvas diz que o ministro nunca se cruzou com
Damásio no GOL e que não o conhecia quando entrou para a Lusófona.
* Era de suspeitar que a lista fosse mais uma aldrabice. Ridículo é pensar-se que os jornalistas são tótós e não sabem cruzar a informação.
Naturalmente que é mais um lapso "relvístico" a juntar por exemplo àquele existente nos registos da Assembleia da República, referindo relvas como estudante a frequentar o 2º ano.
Para quando mudar o nome para "Universidade Tugófona", porque "Lusófona" também é um lapso.
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