12/07/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Manutenção dos postos de trabalho 
na Estaleiros de Viana é uma 
das condições da reprivatização 

Em declarações aos jornalistas, à margem de um exercício militar em Ovar, Aguiar-Branco adiantou que a resolução aprovada hoje em Conselho de Ministros define um período de apresentação de propostas não vinculativas ate ao próximo mês e um segundo para propostas finais. 

O ministro da Defesa referiu que, após o período para as propostas não vinculativas, será elaborado pelo Governo um caderno de encargos para apresentar às entidades que se candidatem com propostas definitivas.

O Conselho de Ministros aprovou hoje a reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana (ENVC) através da venda directa a um investidor que se torne "accionista de referência" e numa "perspectiva de investimento estável e de longo prazo".

O modelo desta reprivatização, segundo um comunicado do Conselho de Ministros, prevê "a realização de uma venda directa" pela Empordef, 'holding' do Estado para as indústrias de Defesa, a um investidor "nacional ou estrangeiro".

Neste processo, está reservado um lote de acções "representativas do capital social" dos ENVC, para disponibilização aos trabalhadores da empresa.

Fundada a 04 de junho 1944, no âmbito do programa do governo para a modernização da frota de pesca do largo, a empresa começou na forma de uma sociedade por cotas de responsabilidade limitada, com o capital social de 750 contos.

Acabou por construir mais de 200 navios e chegou a empregar perto de 2.000 trabalhadores.

Hoje restam cerca de 630 trabalhadores e só 300 saíram nos últimos cinco anos.

O passivo acumulado da empresa, que ultrapassa já os 260 milhões de euros, é um dos aspectos mais delicados a definir neste processo de reprivatização.


* Nesta altura da vida já desconfiamos das declarações de qualquer ministro, não queríamos mas, as circunstâncias...

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