12/07/2012

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Mais de 1100 farmácias 
com fornecimentos suspensos 

Mais de 1100 farmácias têm actualmente os fornecimentos suspensos e a situação económica é de tal forma insustentável que não permite cobrir os custos fixos na maioria destes estabelecimentos, segundo um estudo que será esta quinta-feira apresentado. 

A investigação sobre a evolução da situação económica das farmácias foi realizada pelo economista Pedro Pita Barros, da Nova School of Business & Economics (Nova SBE). De acordo com as conclusões do estudo, o número actual de farmácias com fornecimentos suspensos é de 1131, representando um crescimento superior a 30 por cento (%) nos últimos três meses.

 A investigação sublinha que "a situação económica actual das farmácias é insustentável, não permitindo cobrir sequer os custos fixos na maioria das farmácias". "Esta situação conduzirá ao encerramento de farmácias pela impossibilidade dos seus proprietários suportarem indefinidamente os prejuízos da atividade", lê-se nas conclusões. 

Este cenário foi anterior à redução das margens das farmácias, em vigor desde 1 de Janeiro de 2012, que "está a ter um fortíssimo impacto negativo na situação económica das farmácias", prevendo-se que a situação seja, por isso, ainda pior. 

Este estudo recorda que um outro elaborado pela Autoridade da Concorrência, em 2005, previa a capacidade de as farmácias suportarem uma redução de preços de cinco por cento, tendo como referência o preço médio por receita dispensada de 38,81 euros, em 2002. A redução de preços verificada desde 2005 "foi muito superior, da ordem dos 20%". 

O preço médio por receita dispensada em 2009 era de 36,65 euros e, em Abril deste ano, de 30,78 euros. Desde 2010 que a farmácia média está a funcionar com margem negativa, de acordo com estimativas obtidas para 2010 e levadas em conta neste estudo. 


* A crise chega àqueles negócios que se consideravam intocáveis. 

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