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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Mais de 1100 farmácias
com fornecimentos suspensos
Mais de 1100 farmácias têm actualmente os fornecimentos suspensos e a situação económica é de tal forma insustentável que não permite cobrir os custos fixos na maioria destes estabelecimentos, segundo um estudo que será esta quinta-feira apresentado.
A investigação sobre a evolução da situação económica das farmácias foi realizada pelo economista Pedro Pita Barros, da Nova School of Business & Economics (Nova SBE).
De acordo com as conclusões do estudo, o número actual de farmácias com fornecimentos suspensos é de 1131, representando um crescimento superior a 30 por cento (%) nos últimos três meses.
A investigação sublinha que "a situação económica actual das farmácias é insustentável, não permitindo cobrir sequer os custos fixos na maioria das farmácias".
"Esta situação conduzirá ao encerramento de farmácias pela impossibilidade dos seus proprietários suportarem indefinidamente os prejuízos da atividade", lê-se nas conclusões.
Este cenário foi anterior à redução das margens das farmácias, em vigor desde 1 de Janeiro de 2012, que "está a ter um fortíssimo impacto negativo na situação económica das farmácias", prevendo-se que a situação seja, por isso, ainda pior.
Este estudo recorda que um outro elaborado pela Autoridade da Concorrência, em 2005, previa a capacidade de as farmácias suportarem uma redução de preços de cinco por cento, tendo como referência o preço médio por receita dispensada de 38,81 euros, em 2002.
A redução de preços verificada desde 2005 "foi muito superior, da ordem dos 20%".
O preço médio por receita dispensada em 2009 era de 36,65 euros e, em Abril deste ano, de 30,78 euros.
Desde 2010 que a farmácia média está a funcionar com margem negativa, de acordo com estimativas obtidas para 2010 e levadas em conta neste estudo.
* A crise chega àqueles negócios que se consideravam intocáveis.
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