11/07/2012

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HOJE NO
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Greve dos médicos 
com adesão superior a 95%. 
 Bastonário fala em início 
"de um novo futuro" 

A greve de médicos teve uma adesão a nível nacional que ultrapassou os 95 por cento, anunciou hoje o dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Mário Jorge Neves.

 Discursando para as várias centenas de médicos que se encontram concentrados em frente ao Ministério da Saúde desde as 15:00, Mário Jorge Neves disse que, “neste momento, sem demagogia e com todo o rigor, podemos dizer que a greve a nível nacional ultrapassa os 95 por cento”. 

Especificando por unidade hospitalar, o dirigente da FNAM afirmou que a adesão no Hospital de Santa Maria foi de 98 por cento, em São José de cem por cento e, no Curry Cabral, de 95 por cento. 

Relativamente ao resto do país, Mário Jorge Neves disse que no Hospital Pediátrico de Coimbra a adesão foi de cem por cento, nos Hospitais de São João e Santo António, no Porto, foi superior a 90 por cento, no Hospital de Setúbal foi de 95 por cento, em Évora 98 por cento e, em Faro, 95 por cento. 

 Quanto aos centros de saúde e à quase totalidade das unidades de saúde familiar, a adesão à greve chegou aos 100 por cento. 

Mário Jorge Neves sublinhou que "nem no tempo da Leonor Beleza" se registou uma adesão com esta dimensão. 

O dirigente sindical saudou ainda as várias associações que enviaram mensagens de apoio aos médicos, entre as quais uma Faculdade de Medicina brasileira e a Federação das Associações de Médicos de Saúde Pública de Espanha, que "afirmaram que a nossa luta é a luta deles". 

Além de associações representativas da saúde, chegaram também mensagens de apoio do Sindicado dos Professores da Grande Lisboa e do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública da Zona Centro. 

 Mário Jorge Neves lembrou que, "pela primeira vez, uma greve de médicos juntou dois sindicatos, a Ordem dos Médicos, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina, a Associação de Médicos Unidos, a Associação de Médicos Internos, a Associação de Médicos de Saúde Pública e a Associação Europeia dos Médicos Hospitalares". 

O bastonário da Ordem dos Médicos classificou o dia de hoje como o início de “um novo futuro” e dirigiu-se ao ministro da Saúde para dizer que as reformas não se fazem contra os profissionais nem contra os doentes. 

 “Estamos numa grave encruzilhada na Saúde e hoje é o dia em que se pode começar a desenhar um novo futuro”, disse José Manuel Silva, dirigindo-se aos mais de 2.500 médicos presentes na manifestação em frente ao Ministério da Saúde. 

Lembrando que a Ordem dos Médicos (OM) esteve desde o início “ativamente envolvida” no protesto convocado pelos dois sindicatos do setor, o bastonário justificou ainda a sua presença na manifestação invocando a sua condição de “cidadão preocupado com o país”. 

José Manuel Silva quis ainda “afirmar publicamente” que os médicos querem um “diálogo sereno, construtivo, objetivo e consequente com o Ministério da Saúde, algo a que a equipa ministerial se furtou durante meses, mostrando que o ministro está muito mal assessorado”. 

* Foi a greve dum lobby poderoso que assusta qualquer governo. Havia razão para a greve, esperemos que não hajam "razões" para isto não passar de uma tempestade num copo de água. A dignidade profissional é uma coisa o feudo medieval é outra.
Vamo ver  nas negociações se o ministro  é medroso ou não.


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