.
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Fim de 200 empresas municipais
faz 4 mil desempregados
Mais de quatro mil trabalhadores devem ser despedidos como consequência da extinção de cerca de 200 empresas municipais que o parlamento aprova hoje, estimou o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
O parlamento
aprova hoje uma proposta para controlar o setor empresarial local que
deve levar ao encerramento de 200 das atuais 400 empresas municipais, de
acordo com previsões do Governo.
Segundo dados do STAL, as cerca
de 400 empresas do setor empresarial local têm um total estimado de 16
mil trabalhadores, sendo que "um pouco mais de metade" destes são
contratados no mercado de trabalho e os restantes mantém vínculos
contratuais públicos.
Francisco Braz, presidente do STAL, realçou
que, em caso de desaparecimento destas empresas, aos trabalhadores
contratados "aplica-se o código de trabalho no que diz respeito ao
encerramento da empresa, o que quer dizer que para mais de metade destes
trabalhadores é o desemprego coletivo".
Assim, são cerca de oito
mil os trabalhadores afetados pelo encerramento de 200 empresas
municipais, mais de quatro mil dos quais poderão ser alvo de um
despedimento coletivo.
Quanto aos restantes, quase quatro mil,
"supondo que têm vínculo contratual público, teoricamente podem
regressar às câmaras", afirmou Francisco Braz, lembrando que "o Governo
decretou medidas de redução de pessoal nos municípios, que vão até 3%
por ano, assim como decretou a redução de cargos de direção, o que
significa que há serviços das câmaras que também vão ser extintos".
"Pensar
que a solução é o regresso aos municípios não é verdade. O que estão a
perspetivar é a mobilidade especial: dois meses com 60% do salário e
depois o despedimento se recusarem uma oferta de emprego até 60
quilómetros do sítio onde trabalhavam", disse, considerando que esta
alternativa "é utópica".
Francisco Braz acredita que o que se
pretende "é entregar serviços públicos essenciais, como as águas e os
resíduos, à ganância do setor privado, de borla, sem o encargo dos
trabalhadores".
"Isto é um roubo aos portugueses, não só aos
funcionários públicos, que hoje pagam a água ou uma taxa de resíduos a
um preço e que depois as vão pagar pelo triplo ou pelo quíntuplo. Isto é
desumano, é desonesto, é corrupção organizada ao mais alto nível",
considerou.
* Estas 200 inutilidades empresariais foram criadas para dar dinheiro a alguém e agora os responsáveis por esse crime despedem as pessoas e pronto.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário