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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
AECOPS acusa governo de estar
a afundar regiões mais produtivas
A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços
(AECOPS) acusou hoje a política económica do actual governo,
"exclusivamente centrada na exportação de bens", de afundar as regiões
do Algarve, Lisboa e Madeira e de penalizar as exportações de serviços e
o turismo.
A associação refere em comunicado, que "a actual política económica,
exclusivamente centrada na exportação de bens, está a afundar regiões
que nos últimos tempos conseguiram destacar-se pela positiva no panorama
nacional (ou conseguiram um desempenho fora de série no panorama
nacional) – como o Algarve, a Madeira e Lisboa – e a penalizar as
exportações de serviços e o turismo".
Há 10 mil fogos construídos que nunca se vendem |
O último trabalho da
AECOPS centra-se na região do Algarve e mostra que uma "ameaça paira
sobre o sul do País e que consiste na sua transformação num enorme
deserto económico".
A associação considera que a "política
económica actualmente prosseguida parece estar a excluir o Algarve dos
planos de crescimento para o País, destruindo o tecido empresarial e as
capacidades produtivas do sector da construção local e, assim, afundando
a região numa crise e depressão profundas".
A AECOPS recorda que
a região do Algarve tem sido "um motor da economia portuguesa,
nomeadamente pela captação de investimentos, residentes com elevado
poder de compra e grande volume turístico". Mas para a associação as
actuais medidas do Governo estão a penalizar as exportações de serviços e
turismo.
O Produto Interno Bruto (PIB) da região algarvia ficou,
em 2008, nos 16,2 mil euros, apenas abaixo de Lisboa, 21,6 mil euros, e
acima da média do País, 15,7 mil euros a preços correntes, segundo os
últimos dados disponibilizados pelo INE. O rendimento disponível bruto
das famílias por habitante reflecte este resultado. No Algarve o
rendimento disponível das famílias foi, em 2006, de 11 mil euros. Lisboa
foi a região que registou um valor superior, 12,9 mil euros. A média do
país ficou nos 10,1 mil euros.
A Associação defende uma maior
aposta na exportação de serviços por forma a valorizar o território e os
seus activos e assim reverter o desinvestimento a que se assiste na
região algarvia no sector da construção e Obras Públicas.
Entre
2007 e 2010, o Algarve absorvia 5,6% dos concursos públicos adjudicados
no País. Em 2011, este valor caiu para os 1,0%, o que corresponde a um
investimento de 25 milhões de euros. No primeiro semestre de 2012, 0,9%
das obras foram adjudicadas nesta região, o que representa 6,5 milhões
de euros.
A AECOPS considera que o sector da construção está em
"colapso" no Algarve e que se deveria adoptar uma estratégia de captação
de investimento estrangeiro.
* Apesar de nos últimos 10 anos estarmos a viver 10% acima do que produzíamos e uma grande fatia do despesismo foi gasto em "betão" , por vezes inútil, a AECOPS nunca se pronunciou contra o esbanjamento de dinheiro, já que tocava algum aos seus associados.
Agora que a Troika obriga a cortar sério nas despesas já se manifesta como arauto dos fracos e oprimidos, descaramento q.b.
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