HOJE NO
"i"
Pacto de Redenção
Sul da Europa recebe ajuda se empenhar ouro e tesouros nacionais
Através do novo pacto, e sem ser através de eurobonds, as economias do Sul podem ser financiadas a juros baixos
O nome em si já é suficientemente humilhante. Para agravar a situação, existe a perda da segurança psicológica criada na mente de gerações de portugueses com a pilha de ouro aforrada durante a guerra e a ditadura por Salazar.
Para vencer as actuais dificuldades, os países endividados do Sul da Europa, Portugal, Espanha, França e Itália, poderão ser convidados/obrigados a pôr as reservas de ouro e os tesouros nacionais como garantia de um plano de assistência e estabilização financeira de 3 mil milhões de euros que está a ganhar forma na Alemanha, em alternativa à criação de eurobonds.
A ideia de criar um “Pacto de Redenção” para a zona euro nasceu na Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz, e foi apresentada, pela primeira vez, em Dezembro de 2011, pela professora Beatrice di Mauro na reunião anual do Conselho Económico alemão que se realizou naquela instituição.
Aparentemente, a ideia fez o seu caminho e a chanceler Angela Merkel já prefere este pacto à criação de eurobonds, uma questão que levanta grandes dificuldades ao parlamento alemão, o Bundestag, impedido de o fazer constitucionalmente.
O Pacto de Redenção combinaria as vantagens de taxas de juro semelhantes às da Alemanha e permitiria aos países endividados do Sul da Europa reduzir as respectivas dívidas.
O plano separaria as dívidas dos estados membros em duas componentes: soberana e não soberana. Tudo o que estiver acima do limite de endividamento de 60% imposto pelo Tratado de Maastricht seria considerado dívida soberana. A restante parcela de 40% ou mais seria gradualmente transferida para o “fundo de redenção” que seria suportado por obrigações europeias comuns
.
Os britânicos acham a ideia interessante, mas admitem que a exigência de colocação das reservas de ouro e tesouros nacionais como garantia de empréstimos possa vir a inflamar as opiniões públicas em Itália e Portugal, segundo o “Daily Telegraph”. Portugal e Itália possuem grandes reservas de ouro.
A Itália tem 540 toneladas e Portugal 382,5 toneladas, avaliadas pelo Banco de Portugal em 14,9 mil milhões de euros.
Na sua primeira grande entrevista após a eleição presidencial, na terça-feira, o chefe de Estado francês, François Hollande, disse que Angela Merkel admite o princípio do crescimento como ele próprio admite o princípio da “seriedade orçamental”.
Sobre a questão das eurobonds, a que a Alemanha se opõe, Hollande deu a entender que se poderá chegar a acordo a longo prazo, mas “não de imediato”.
O presidente francês pediu a semana passada na reunião informal da zona euro que a “perspectiva” dessas obrigações europeias, uma forma de mutualização das dívidas, fosse inscrita na ordem do dia da próxima cimeira de chefes de Estado e de governo da União Europeia em Junho.
No entanto, Merkel continua a opor-se firmemente a esta solução, que considera “não contribuir para o crescimento”.
A utilização de ouro para financiar operações financeiras pelos estados-membros “não é uma opção”, porque o ouro está ali apenas para proteger o euro, segundo Natalie Dempster, do Conselho Directivo do Ouro. Por agora, os tratados europeus proíbem formalmente que os estados-membros promovam operações de venda de ouro dos respectivos bancos centrais para financiamento corrente.
* Humilhação é, mas vamos ter os ministros da coelheira, eufemìsticamente governo, a abanar subservientemente a cabeça ao pré-nazismo económico Merkeliano.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário