23/04/2012

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Vinho 


é cultura


CULTURA É LIBERDADE





REGIÃO 
TERRAS DA BEIRA
HISTÓRIA 
 A região da Beira Interior esteve sempre presente na nossa História. Os Celtas deixaram os seus vestígios - os "castros" - e é nesta zona que em 25 a.C. é fundada, pelos Romanos, a Lusitânia, seguindo-se, durante o séc. V da nossa era, invasões de Vândalos, Suevos e Alanos. 
GARDUNHA
 
Na regiao actualmente identificada como denominacao Terras da Beira a produção de vinho inicia-se durante a ocupação romana, mas foi no limiar do século XII, pelas mãos dos Monges de Cister, que esta se desenvolveu de forma muito significativa. 
Situada no coracao do interior Norte, junto a fronteira raiana com Espanha, na regiao mais escarpada e montanhosa de Portugal continental, abarca no seu interior as serras da Marofa, Serra da Gardunha e parte da Serra da Estrela. 
MAROFA

O clima experimenta uma influencia continental extremada, com impressionantes variacões quotidianas de temperatura, Verões curtos, quentes e secos e Invernos prolongados e gelidos. 
As vinhas destinadas à produção dos vinhos DO Beira Interior estão instaladas, em solos com as características a seguir indicadas e com a exposição aconselhável para a produção de vinhos de qualidade: 
a) Solos mediterrânicos pardos ou vermelhos de xistos metamorfizados e gneisses; 
b) Solos mediterrânicos pardos de xistos ou grauvaques do pré-câmbrico; 
c) Solos litólicos não húmicos de granitos e migmatitos 

A Beira Interior encontra-se subdividida em tres sub-regiões, Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira. 

ESTRELA
As duas primeiras, Castelo Rodrigo e Pinhel, partilham sensivelmente as mesmas especificidades materiais, apesar de se encontrarem separadas por cadeias montanhosas com picos de mais de mil metros de altitude onde a combinacao de solos pobres, acidez elevada e maturacoes robustas garante um futuro promissor para toda a região.  

Sub-Região Castelo Rodrigo
 Os concelhos de Almeida (freguesias de Almeida, Castelo Bom, Junça, Malpartida e Naves) e Figueira de Castelo Rodrigo (excepto a freguesia de Escalhão). 


Sub-Região Cova da Beira 
Os concelhos de Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, 
CASTELO NOVO

Manteigas, Penamacor, Guarda (freguesias de Benespera, Famalicão, Gonçalo, Valhelhas e Vela), Idanha-a-Nova (freguesias de Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Velha, Medelim, Monsanto, Oledo e São Miguel de Acha), Sabugal (freguesias de Bendada, Casteleiro e Santo Estêvão) e Vila Velha de Ródão (freguesia de Vila Velha de Ródão). 

Sub-Região Pinhel 
Os concelhos de Celorico da Beira (freguesias de Açores, Baraçal, Celorico da Beira, Forno Telheiro, Lajeosa do Mondego, Maçal do Chão, Minhocal, Ratoeira e Velosa), Guarda (freguesias de Avelãs da Ribeira, Codesseiro, Porto da Carne, Sobral da Serra e Vila Cortês do Mondego), Meda (freguesias de Barreira, Carvalhal, Coriscada, Marialva, Rabaçal e Vale Flor), Pinhel e Trancoso 
PINHEL

(freguesias de Carnicães, Cogula, Cótimos, Feital, Freches, Granja, Moimentinha, Póvoa do Concelho, São Pedro, Souto Maior, Tamanhos, Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves, Vila Garcia e Vilares). 

A Cova da Beira expõe caracteristicas divergentes e alternativas, espraiando-se desde os contrafortes a Leste da Serra da Estrela ate ao vale do Tejo, a Sul de Castelo Branco. 

CASTAS 
Sub-Região Castelo Rodrigo  
Vinhos tintos: 
ARAGONÊZ
Aragonez (Tinta Roriz), Bastardo, Marufo, Rufete e Touriga Nacional, no conjunto ou em separado, com um mínimo de 80%, Baga, Tinta Carvalha, Pilongo e Trincadeira (Tinta Amarela).  


Vinhos Brancos: 
Malvasia Fina, Síria (Roupeiro) e Tamarez, no conjunto ou em separado, com um mínimo de 80%, Bical, Arinto (Pedernã), Malvasia Rei, Rabo de Ovelha e Vital. 

Sub-Região Cova da Beira 
Vinhos tintos: 
TOURIGA NACIONAL
Aragonez (Tinta Roriz), Baga, Bastardo, Jaen, Marufo, Moreto, Castelão (Periquita)1, Rufete, Tinta Carvalha, Touriga Nacional e Trincadeira (Tinta Amarela), no conjunto ou em separado, com um mínimo de 80%, e Alfrocheiro. 


Vinhos Brancos: 
Alicante Branco, Arinto (Pedernã), Bical, Fonte Cal, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Rabo de Ovelha e Síria (Roupeiro), no conjunto ou em separado, com um mínimo de 80%, e Tamarez. 

Sub-Região Pinhel 
Vinhos tintos: 
Bastardo, Marufo, Rufete e Touriga Nacional, no conjunto ou em separado, com um mínimo de 80%, Baga, Tinta Carvalha, Pilongo e Trincadeira (Tinta Amarela). 
Vinhos Brancos: Bical, Arinto (Pedernã), Fonte Cal, Malvasia 
SÍRIA

Fina, Malvasia Rei, Rabo de Ovelha, Síria (Roupeiro) e Tamarez, no conjunto ou em separado, com um mínimo de 80%. 




CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS:  
Vinhos Tintos: São vinosos, vivos e brilhantes enquanto jovens, intensos e equilibrados, com raro bouquet quando estagiados e envelhecidos. 
Vinhos Brancos: De qualidade notória, com destaque para os de meia encosta de exposição a sudoeste, são vinhos aromáticos, cheios e persistentes no sabor.

NOVIDADE NA SAÚDE 
Vinho tinto da Beira Interior pode proteger contra cancro do estômago  
Uma pesquisa que avaliou 186 amostras de vinhos de Portugal mostrou que o vinho tinto produzido na Beira Interior é bom para a saúde, uma vez que previne doenças como o cancro do estômago. A investigadora Luísa Paulo, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, revelou que o vinho tinto produzido na Beira Interior pode ser associado a uma maior prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes. Em declarações à Lusa, a investigadora explicou que o vinho em questão apresenta elevadas concentrações de resveratrol, uma substância anti-oxidante benéfica na prevenção de problemas cardíacos e na diabetes. A substância é também, segundo Luísa Paulo, "inibidor da multiplicação da bactéria responsável pelo aparecimento de tumores no estômago". in Lusa 05/06/2011 

ROTA DO VINHO DA BEIRA INTERIOR  
A paisagem serrana é uma das marcas mais óbvias, bonitas e procuradas da região onde se produzem os vinhos com denominação de origem Beira Interior. Para além das belezas naturais das serras da Estrela, Gardunha, Malcata ou Marofa e dos vales profundos e apertados de rios como o Côa ou o Zêzere, as terras que compõem uma das mais tradicionais zonas vitícolas portuguesas proporcionam a quem as visita experiências únicas, que vão desde as zonas de transição entre Trás-os-Montes e a Beira, a Norte, até às portas de entrada na grande e ondulada planície alentejana, mais a Sul. Para quem aprecia o peso e os sinais de uma história milenar, chegou ao sítio certo. 


Aqui se podem sentir os legados culturais e monumentais dos monges de Cister, no trato da vinha e em conventos como os de Santa Maria de Aguiar e São João de Tarouca. Aqui se podem visitar antigas povoações medievais, como Castelo Rodrigo ou Marialva, aldeias como a granítica Sortelha, vilas bem conservadas e de grande carácter, caso de Almeida, ou as cidades históricas de Pinhel, Covilhã, Guarda ou Castelo Branco. Protegida pelas serras da influência atlântica, pouco chuvosa, muito fria no Inverno e quente e seca no Estio, a região proporciona condições para a produção de alguns dos melhores vinhos portugueses. Falamos dos brancos da parte Norte, nas envolvências de Castelo Rodrigo, ou dos que resultam de castas castigadas pelo frio rigoroso e pelos verões quentes e secos da sub-região de Pinhel. Os vinhos pedem acompanhamento da vigorosa cozinha regional, e de produtos de grande tradição, de entre os quais é justo destacar o delicioso e protegido queijo da serra. 

IN:
- IVV
- VINI PORTUGAL
- INFOVINI
- COMISSÃO VITIVINICOLA DABEIRA INTERIOR

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