05/04/2012

ALMORRÓIDA DESENGANADA




Anunciar fim dos cortes em 2013 
foi um "lapso"

Vítor Gaspar disse hoje ter sido um "lapso" garantir aos portugueses que os subsídios de férias e Natal voltariam a ser pagos após o resgate.

Os deputados, de todos os partidos da esquerda, criticaram hoje insistentemente o ministro das Finanças - durante o debate do Orçamento Rectificativo, no Parlamento - sobre as contradições do Governo em relação ao fim dos subsídios para pensionistas e função pública. Perante muita insistência e já no final do debate Vitor Gaspar admitiu que cometeu um "lapso" ao ter afirmado em Outubro, na RTP, que " o corte no subsídio de férias e de Natal é temporário e vigorará durante o período de vigência do programa de ajustamento económico e financeiro e o período de vigência desse programa acaba em 2013".
O ministro das Finanças fez questão porém de sublinhar a "importância da palavra escrita", ou seja, de acordo com Gaspar o programa de assistência financeira celebrado entre o Governo e a troika deixa bem claro que os cortes vigoram até ao final do programa e esse efectivamente termina em 2014. Vitor Gaspar sublinhou ainda que a "a forma como vão ser repostos os subsídios está naturalmente em aberto".

No início do debate o ministro reafirmou que alegadamente o Governo terá mantido sempre a mesma posição e que a questão estará agora esclarecida definitivamente. "O que o Governo disse e o que o Governo diz sobre a suspensão do subsídio de natal e de férias é sempre a mesma coisa. Dizer que a suspensão dos subsídios se mantém durante o período de vigência do programa de ajustamento é o mesmo que dizer que recomeça em 2015. No entanto, duas horas depois de muita insistência da oposição e de ser mesmo confrontado com imagens televisivas onde tanto o próprio como a secretária de Estado Maria Luís Albuquerque falavam do fim do congelamento dos subsídios em 2013 o ministro admitiu o "lapso".

Recorde-se que ontem em entrevista à Renascença o primeiro-ministro assumiu, pela primeira vez, que não haverá condições para a reposição automática dos subsídios de férias e de Natal. Questionado sobre a reposição dos cortes dos subsídios aplicados ao sector público e pensionistas, Pedro Passos Coelho afirmou: "Eu creio que é depois de 2014, porque o nosso programa de ajustamento decorre até 2014, portanto, só depois disso, como é evidente, e tem uma base anual". Passos sistematizou ainda que o Executivo pretende "repor gradualmente esses subsídios", "porque dificilmente o Estado conseguiria encaixar num ano a reposição de todo esse benefício".


IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
05/04/12

* Em vez dum lapso porque não um colapso, ou cair da cadeira como um seu antecessor???
Há um jardim apropriado para os insubstituíveis.


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