30/01/2012



HOJE NO
"DESTAK"

Deficiência de vitamina D 
afecta mil milhões no mundo

Faltam estudos que, por serem caros, não permitem que se comprove que também por cá são elevados os níveis de deficiência de vitamina D. Um problema que pode ser facilmente evitado. Basta passar mais tempo ao ar livre.

Se o sol brilha lá fora, então não hesite em aproveitá-lo. É que embora a incidência de cancro de pele o tenha transformado no mau da fita, o astro rei é uma das melhores formas de garantir ao organismo os correctos níveis de vitamina D. Isto porque, embora não haja dados que permitam fazer o diagnóstico nacional, estima-se que também por cá os níveis de deficiência nesta vitamina sejam elevados.

No mundo, os dados mais recentes apontam para a existência de mil milhões de pessoas com este tipo de problema, resultado, refere ao Destak Paula Freitas, endocrinologista no Hospital de São João, da vida moderna. «Andamos muito vestidos, usamos os produtos com elevados índices de protecção solar e passamos grande parte da nossa vida confinados em locais sem luz solar directa.»

O tema foi ontem alvo de debate no XIII Congresso de Endocrinologia e serviu para reforçar, acrescenta a especialista, que não é preciso muito para evitar maiores problemas. «Bastam 15 minutos de uma exposição ao sol das mãos e face para fazer a síntese da vitamina D», explica. Uma «receita simples e barata», à qual se podem juntar outros ingredientes, como os alimentos. «O pescado – sardinha, cavala, salmão, leite e os seus derivados, os ovos e alguns cereais são ricos nesta vitamina.» No fundo, o importante «é levar uma vida saudável», confirma a médica.

Deficiência assintomática

Tradicionalmente associada ao raquitismo nas crianças e à osteomalacia e osteoporose nos adultos, a deficiência em vitamina D surge agora relacionada com a génese de outras doenças, como a diabetes, a obesidade e até as maleitas cardiovasculares. «Mas este é ainda um tema muito recente, que continua a ser alvo de investigação», explica a endocrinologista. Para já, o certo é que o problema, que praticamente não apresenta sintomas, a não ser a fadiga ou dor musculares – «que, para uma faixa da população, são mesmo o dia-a-dia» –, pode e deve ser prevenido.


* Faltam muitos D's, vitamina, dignidade, dinheiro....

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