HOJE NO
"PÚBLICO"
BRIC ultrapassam potências da UE
até ao fim da década
O mapa-mundo das maiores economias está a deixar de ser o que era e, na próxima década, ficará com uma configuração bem diferente da actual.
Neste momento, o Brasil é já a sexta maior economia mundial, depois de ultrapassar o Reino Unido. Em breve, os lugares cimeiros da Alemanha e da França serão ocupados por países emergentes como a Rússia ou a Índia.
As previsões foram ontem divulgadas pelo Centre for Economics and Business Research (CEBR), um instituto de pesquisa económica e de negócios britânico. O primeiro sinal da alteração do jogo de forças no palco mundial é o Brasil que, segundo o CEBR, já ultrapassou uma economia desenvolvida - o Reino Unido. Depois de vários anos de crescimento, o valor do produto interno bruto (PIB) brasileiro tornou-se o sexto maior a nível mundial.
Até agora, esse lugar era ocupado pelo Reino Unido, que viu a sua economia cair uma posição no ranking das dez maiores potências, devido ao impacto que a crise financeira de 2008 e a consequente recessão tiveram no país. O Governo britânico já admitiu mesmo a possibilidade de o país voltar a resvalar para uma recessão em 2012, devido ao impacto da crise da dívida, e anunciou que irá reforçar a dose de austeridade.
Um relatório divulgado há alguns meses pelo FMI também já previa que o Reino Unido fosse ultrapassado pelo Brasil ainda em 2011. No início do ano, foi a China que deixou para trás o Japão, tornando-se a segunda maior potência mundial. Agora, novas mudanças avizinham-se.
Segundo as previsões do CEBR, a Europa deverá passar por uma "década perdida", de baixo crescimento, e outros países irão ocupar o seu lugar entre as principais economias mundiais. Em 2020 (ver tabela ao lado), os EUA, a China e o Japão vão manter-se à frente do ranking, mas os lugares seguintes passarão a ser ocupados por países emergentes.
Depois de uma década a vender petróleo e gás à Europa e outros países asiáticos, a Rússia subirá do 9º lugar no top 10 para o 4º. A seguir surge a Índia, que passa do 10º para o 5º lugar, tirando partido da sua "especialização" nas tecnologias e na engenharia. A consequência será a descida no ranking das maiores economias da zona euro - a Alemanha, a França e a Itália, que vão resvalar para o 7º, 9º e 10º lugares, respectivamente.
* Eis o resultado da ganância e arrogância dos governos e multinacionais europeias do norte. Deslocalizaram fábricas para países com mão de obra barata, deixaram lá o "conhecimento" e agora vão pagar para importá-lo.
Não significa que a vida naqueles países melhore significativamente, enche apenas o bolso dos ricos.
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