15/11/2011



HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Jovem egípcia despe-se contra 
.a discriminação das mulheres

Sem censura, nem pudor, uma jovem egípcia publicou no Facebook fotografias suas onde aparece apenas com um par de meias pretas, sapatos vermelhos e um gancho da mesma cor nos cabelos negros. A "ousadia" está a "incendiar" o Egipto.

Esta foi a forma que Aliaa Elmahdy encontrou para denunciar a discriminação de que as mulheres egípcias são alvo e defender a liberdade de expressar, a poucas semanas das primeiras eleições democráticas na história do país, conta o jornal espanhol El Mundo.

O objectivo, segundo esta jovem que se auto-denomina "secular, liberal, feminista, vegetariana e independentista do Egipto", é propagar na rede "gritos contra a sociedade de violência, do racismo, do sexismo, do assédio sexual e da hipocrisia".

Com mais de 80 milhões de habitantes, o país mais populoso do mundo árabe é uma sociedade conservadora e devota. Embora com abismos profundos entre uma elite secular e ocidentalizada e uma maioria empobrecida que segue os ditames das mesquitas e das igrejas.

O assédio sexual é uma das maiores ameaças às mulheres. Os métodos são os mais variados: comentários obscenos, olhares lascivos, toques inoportunos nas ruas, insistentes telefonemas por parte de desconhecidos e mensagens através do Facebook, como os que Aliaa publicou na sua página, como forma de denúncia.

Como seria de esperar, o seu acto - um autêntico tabu na terra dos faraós - desencadeou um autêntico temporal de críticas e poucas adesões nas redes sociais. Muitos condenam a jovem pela sua atitude pecaminosa e reclamam que seja castigada. Outros, menos, aplaudiram a sua ousadia.

Aliaa, que se diz ateia desde os 16 anos, é também a responsável pela campanha do facebook intitulada "Os homens também devem usar véu", criada para protestar contra a obrigatoriedade do uso do véu islâmico, à qual junto fotografias de vários homens com véu.


* Agora as "eminências" árabes vão inventar que ela é uma vulgar prostituta, drogada e psicopata, e que esta acção é apoiada pelas comunidades infiéis do ocidente. Se for presa morrerá apedrejada.


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