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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
Baixo consumo de peixe durante
gravidez pode afectar neurodesenvolvimento das crianças
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) mostra que um baixo consumo de peixe durante a gravidez pode ter impacto negativo e afectar o neurodesenvolvimento das crianças, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a FMUP avança hoje que o estudo
mostra que uma alimentação insuficiente em ácidos gordos ómega 3 tem
“impacto negativo do desenvolvimento dos cérebros dos bebés”, sendo o
período mais crítico entre o terceiro trimestre da gravidez e os
primeiros seis meses de vida.
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O estudo,
coordenado pela professora Margarida Figueiredo Braga, revela ainda que a
carência destes ácidos gordos nos bebés, em especial nos nascidos antes
das 37 semanas de gestação, pode originar um “pior desempenho cognitivo
e da linguagem, menos habilidades motoras, menos competências sociais e
comunicacionais e mais problemas de comportamento”.
Citada
no comunicado, Margarida Figueiredo Braga afirma que “uma ingestão
baixa de peixes ricos em DHA (ácido docosahexaenoico) pode comprometer o
neurodesenvolvimento” das crianças, associando-se a Perturbações do
Espetro do Autismo e a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção
(PHDA).
Nesse sentido, os investigadores
acreditam que um consumo mais elevado de peixe durante a gravidez e a
amamentação até aos seis meses de idade (uma vez que os ácidos gordos
também estão presentes no leite materno ainda que em quantidades
“altamente variáveis”) estão relacionados com “um melhor desempenho
neurocognitivo das crianças”.
“Há mesmo
evidência de que uma ingestão adequada de ómega 3, através quer do peixe
quer da amamentação, pode conferir alguma proteção contra o autismo”,
refere a FMUP, acrescentando poder também “prevenir ou mitigar os
sintomas de Hiperatividade e Défice de Atenção”.
Apesar
disso, Margarida Figueiredo Braga salienta que são necessários “mais
estudos que clarifiquem o papel dos ácidos gordos neste tipo de
perturbações e que prevejam quais as grávidas e crianças que mais irão
beneficiar com uma suplementação ou otimização da dieta”.
No
comunicado, a FMUP acrescenta ainda que as autoridades de saúde
aconselham às mulheres que estão a tentar engravidar e às grávidas o
consumo de duas a três porções de peixe, preferencialmente com menor
teor de mercúrio, por semana.
O estudo
contou também com a participação de investigadores do Centro Hospitalar
Universitário de São João (CHUSJ) e do Instituto Português do Mar e da
Atmosfera (IPMA).
* Grávidas do meu país, leiam um bom conselho.
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