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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Francisco Rodrigues dos Santos
admite coligações com o Chega com programas sem “discurso de ódio”
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, disse em entrevista à TSF que admite coligações com os outros partidos à direita do PS, incluindo o Chega, desde que os programas respeitem os valores democratas-cristãos e não reflitam um “discurso de ódio” e um “populismo agressivo que semeia medo e fraturas sociais”.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, disse em entrevista à TSF
que admite coligações com os outros partidos à direita do PS, incluindo
o Chega, desde que os programas respeitem os valores
democratas-cristãos e não reflitam um “discurso de ódio” e um “populismo
agressivo que semeia medo e fraturas sociais”.
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Para o
líder centrista, o PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega devem ter a
mesma capacidade de entendimento que o PS tem demonstrado à sua
esquerda, garantindo que a sua direção vai “trabalhar com humildade para
merecer a confiança dos portugueses” e dizendo que tem sido prejudicado
na afirmação da sua liderança pelo confinamento forçado pela pandemia
de Covid-19. “Vacinado contra as sondagens”, Francisco Rodrigues dos
Santos desvalorizou o facto de todas colocarem o partido fundado por
André Ventura à sua frente.
Pouco
prioritária é, no seu entender, a decisão de apoiar a eventual
recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República,
tendo o presidente do CDS-PP recordado que antes das presidenciais de
2021 realizar-se-ão as eleições regionais dos Açores. Apesar de não
afastar um novo apoio, como em 2016, admitiu que “esperávamos outro tipo
de influência do Chefe de Estado”.
Quanto à possibilidade de
aparecer outra candidatura na sua área política, Rodrigues dos Santos
afirmou desconhecer qualquer disponibilidade do CDS-PP Madeira para
apoiar a candidatura do social-democrata Miguel Albuquerque e foi parco
em comentários a hipóteses como Adolfo Mesquita Nunes e Manuel Monteiro,
recém-regressado ao partido de que foi presidente antes de sair em
desacordo com Paulo Portas para fundar a Nova Democracia. “São cenários
conjecturais que nem devem ser colocados”, sentenciou, acrescentando que
“estamos na retranca, à espera de uma clarificação de cenários”.
No
que diz respeito a soluções para a crise económica provocada pelo
impacto da Covid-19, o líder centrista realçou que a União Europeia “não
pode falhar aos seus Estados-membros”, antecipando uma “fatia generosa e
leonina” dos apoios a terem origem no Fundo de Recuperação. Apontando
como prioridade do CDS-PP a extensão do lay-off simplificado a
todos os sócios-gerentes de empresas com atividade afetada pela
pandemia, Francisco Rodrigues dos Santos deixou reticências à exigência
do Bloco de Esquerda de que os trabalhadores nesse regime deixem de
receber apenas dois terços da remuneração. “Muitas empresas estão a
carburar a 50% e não podem pagar salários a 100%”, disse, enumerando
setores “particularmente prejudicados” como os ginásios, a organização
de eventos, a hotelaria e o alojamento.
* Discurso próprio dum "xicoesperto", nem coiso nem sai de cima.
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