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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Personificação do mal servia para
.“domesticar” as pessoas
.“domesticar” as pessoas
As
superstições “estão impregnadas na cultura madeirense”, desde a
colonização até aos nossos dias, e é certo que muitas pessoas “ainda não
se libertaram das superstições ou da visão do diabo”, começou por
explicar o padre José Luís Rodrigues, durante a Iª edição do seminário
de história local “Aqui Há Madeira” dedicada ao tema, “O Diabo, as
bruxas e as superstições madeirenses”, que decorre, ao longo do dia de
hoje, no Museu de Imprensa da Madeira.
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Na sua intervenção, o
padre, que foi convidado para falar sobre ‘A submissão madeirense ao
imaginário supersticioso’, acrescentou que actualmente a Igreja não pode
persistir a ensinar coisas do Diabo como ensinava a alguns anos atrás.
“Não pode continuar porque as pessoas acham ridículo. O Diabo era a
personificação do mal, isso era uma ideia, mas o que se fez com essa
ideia é que é discutível. Pegou-se nessa visão esotérica para dominar as
pessoas. Vou utilizar uma palavra feia, mas que infelizmente é aquela
que me ocorre, e corresponde à verdade, para domesticar as pessoas”.
Tudo
o que extravasasse a “normalidade”, situações no âmbito da maldade, do
fundamentalismo, era visto como diabólico. Em populações sem educação,
na sua maioria analfabetas, “uma das formas de conter os instintos de
violência e de malvadez era um pouco essa. Quando, no fundo, esse mal
está no coração do homem. É ele que está desequilibrado”.
A Iª
edição do seminário de história local “Aqui Há Madeira” dedicada ao
tema, “O Diabo, as bruxas e as superstições madeirenses” prossegue, esta
tarde, com Manuel Pedro Freitas – ‘O estranho caso de uma Bruxa’; Luísa
Paolinelli - ‘O demónio feminino e o coitado do marido – Baltazar Dias e
Malícia das Mulheres’; Paulo Perneta – ‘Grimas, cavalões, bichas feras e
outros diabos à solta nas serras da Madeira’; e Bruno Costa – ‘A
Superstição perante o Inquisidor (Madeira, 1618)’.
O Seminário
será encerrado com as intervenções de Rui Camacho e Lídia Araújo da
Associação Cultural e Musical Xarabanda que apresentarão o tema, ‘As
Feiticeiras (e outras entidades), Feiticeiros e o Povo’, acompanhado de
alguns testemunhos.
* Esta é a opinião dum profissional duma fé repleta de mentirosices e com o curso de domesticação completo.
Apenas mais uma coisinha, Voltaire escreveu que "as religiões estão condenadas a existir enquanto houver imbecis".
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