31/01/2020

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HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Sondagem: 
PS cai pelo quarto mês consecutivo.
 Chega de André Ventura apanha PCP

As intenções de voto no PS já caíram 3,5 pontos face às eleições legislativas e a distância face ao PSD encurtou-se para sete pontos. Entre os mais pequenos, o Chega ultrapassou o PAN e igualou o PCP. Já o CDS desceu para a oitava posição.

Quatro meses depois das eleições legislativas de onde saiu vencedor mas sem maioria absoluta, o PS continua a perder apoio político. Segundo a sondagem da Intercampus realizada para o Negócios e CM/CMTV, o PS recolheria 32,8% dos votos se as eleições fossem hoje, menos 2,8 pontos do que em outubro e menos 3,5 pontos do que nas eleições de 6 de outubro.

Com o PSD, passa-se o oposto, mas de forma menos marcada. O partido de Rui Rio tem vindo sempre a subir, mas de forma marginal, somando apenas um ponto em quatro meses – mas menos dois do que teve nas legislativas. Em quatro meses, a distância entre os dois principais partidos diminuiu assim de 10,8 para 7 pontos.
Ainda assim, a imagem de António Costa quer como líder partidário, quer como primeiro-ministro mantiveram-se intactas em janeiro, interrompendo a trajetória de descida que se desenhava desde outubro.

Em terceiro lugar na corrida partidária surge destacado o Bloco de Esquerda, que viu até as intenções de voto subirem de 10,7% para 11,9%. Esta sondagem foi realizada entre 19 e 24 de janeiro, já depois do partido de Catarina Martins ter anunciado que se absteria na votação da proposta de Orçamento de Estado do Governo.

Quanto ao PCP, que anunciou a mesma posição sobre a proposta orçamental, regista agora 6,2% das intenções de voto, contra 6,1% no mês anterior, mais ou menos em linha com o resultado das eleições legislativas.

Chega iguala PCP, CDS desce para oitavo
A luta pelo quarto lugar está cada vez mais acesa. Segundo esta sondagem da Intercampus, o Chega chegou em janeiro aos 6,2%, igualando assim o PCP e ultrapassando o PAN, que desceu para os 6%.

Em sentido contrário vai o CDS, que sofre uma queda abrupta neste mês, passando de 3,9% para 1,9%, sendo ultrapassado pela Iniciativa Liberal (2,3%). No entanto, o trabalho de campo desta sondagem foi realizado antes do congresso do CDS, onde foi eleito o novo presidente, Francisco Rodrigues dos Santos.

Sem surpresa, o Presidente da República mantém a melhor imagem (apesar da ligeira quebra), com uma nota de 3,9 (em cinco) enquanto Parlamento, Governo e primeiro-ministro têm só três.

* Num país francamente xenófobo como Portugal estes resultados são expectáveis.

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