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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Pedro Nuno Santos manda a IP
assegurar os direitos dos vigilantes
das estações ferroviárias
Em 2019, a PSG ganhou o concurso para garantir a vigilância das estações da rede ferroviária nacional, anteriormente assegurada pela Strong Charon. A PSG tentou obrigar cerca de 500 vigilantes da antiga empresa a perder os direitos de antiguidade para continuarem a trabalhar. Pedro Nuno Santos exige que a administração da IP coloque travão a esta situação, sugerindo mesmo o fim do contrato.
O Ministério das Infraestruturas, liderado por Pedro Nuno Santos,
emitiu uma orientação à administração da IP – Infraestruturas de
Portugal para que esta garanta que as entidades e empresas por si
contratadas cumprem escrupulosamente o disposto no Código de Trabalho,
em particular o artigo 285º.
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“Em causa está a contratação
de serviços de Segurança e Vigilância Humana pela IP, realizada em
2019, na qual a empresa vencedora não estará a cumprir integralmente o
regime laboral relativo à transmissão de empresa ou estabelecimento”,
explica um comunicado do Ministério das Infraestruturas.
Há
uma semana, no passado dia 6 de janeiro, o ‘Jornal de Notícias’
avançava com a notícia de que os profissionais de segurança das estações
da rede ferroviária nacional que trabalhavam para a Strong Charon, num
total de cerca de 500 trabalhadores, foram obrigados pela empresa de
segurança privada PSG, que ganhou o concurso público para a vigilância
nas estações ferroviárias portuguesas anteriormente garantida pela
Strong Charon, a perder a antiguidade para continuarem a trabalhar.
“A
única hipótese que tivemos foi meter a carta por despedimento ilícito”,
explicou na ocasião ao “JN” Nuno Pereira, um dos vigilantes da estação
ferroviária de Braga.
“Estas empresas pretendem manter a
precarização do setor e ter os trabalhadores na mão para fazerem
chantagem”, sublinhou, também na altura, Rui Tomé, do STAD – Sindicato
dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza,
Domésticas e Atividades Diversas.
“O Ministério das
Infraestruturas e da Habitação emitiu uma orientação à Infraestruturas
de Portugal (IP) para que se garanta que as entidades por si contratadas
cumprem escrupulosamente e sem margem para dúvidas o disposto no artigo
285º do Código de Trabalho”, sublinha o comunicado divulgado hoje, dia
13 de janeiro, poucas horas antes de Nuno Pedro Santos ir à Assembleia
da República explicar aos deputados as prioridades das suas áreas de
governação no âmbito do Orçamento de Estado para 2020.
De acordo
com o mesmo documento, “o artigo 285.º do Código de Trabalho prevê que
com a transmissão de empresa ou estabelecimento os trabalhadores
transmitidos a quem venceu o concurso mantêm todos os direitos
contratuais e adquiridos, nomeadamente retribuição, antiguidade,
categoria profissional e conteúdo funcional e benefícios sociais adquiridos”.
“No
caso deste procedimento não ser escrupulosamente cumprido, o Ministério
recomenda à IP que diligencie no sentido de não celebrar os contratos
em causa sem que esteja assegurado o efetivo cumprimento dos citados
dispositivos legais ou, caso os mesmos já tenham sido celebrados,
promova a sua resolução”, insiste o referido comunicado.
Pedro
Nuno Santos recomendou ainda à administração da IP, liderada por António
Laranjo, que, “em futuros procedimentos de contratação pública, seja
promovida a inclusão de cláusulas que exijam expressamente a necessidade
de cumprimento do disposto no artigo 285.º do Código do Trabalho,
sempre que se trate de situações de transmissão de estabelecimento,
nomeadamente nos casos dos
contratos relativos a serviços de vigilância”.
“E
que discrimine, ainda, positivamente empresas que não tenham sido
condenadas em sede contraordenacional pela prática de contraordenações
laborais”, avisa ainda o comunicado divulgado pelo Ministério das
Infraestruturas.
* Muito bem sr. ministro, grande atitude, vamos ver como a IP descalça a bota.
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