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HOJE NO
"RECORD"
Julgamento de antigo presidente
da IAAF adiado até junho
por problemas processuais
Lamine Diack é acusado de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e crime organizado
O Tribunal de Paris adiou esta segunda-feira, pelo menos até junho, o
julgamento de Lamine Diack, antigo presidente da Associação
Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), devido a problemas
processuais.
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A presidente da 23.ª secção do Tribunal de Paris, Rose-Maria Hunault,
anunciou que o julgamento ia ser adiado, pouco depois de ter arrancado,
por ter recebido "muito recentemente" informações resultantes de uma
investigação pedida em 2016, sem que tenha surgido uma resposta até
agora.
Os documentos foram recebidos "fisicamente hoje de manhã", disse um
dos advogados de acusação, Arnaud de Laguiche, e não foram ainda
analisados, pelo que a juíza se decidiu pelo adiamento em pelo menos
seis meses.
Entre os novos elementos está uma audição ao filho de Lamine Diack,
Papa Massata Diack, também arguido, que trabalhou como consultor de
marketing na IAAF, e que se refugiou em Dakar e nunca tinha respondido
às autoridades francesas.
O caso em torno do senegalês diz respeito a acusações de um sistema
de corrupção que tinha como propósito proteger atletas russos dopados,
afetando o antigo líder da IAAF entre 1999 e 2015.
Com 86 anos, Diack é acusado de corrupção ativa e passiva, lavagem de
dinheiro e crime organizado, podendo enfrentar o pagamento de multas
avultadas e até 10 anos de prisão efetiva.
* Lamine um vígaro contemporâneo de Sócrates.
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