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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
17/02/19
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Preparado para enfrentar
os próximos 4 anos?
Desde junho do ano passado o Governo Regional contraiu 3 empréstimos no total de 860 milhões de euros
Engana-se se julga que esta pergunta não é para si.
Lembra-se dos cortes salariais que sofreu por ocasião da austeridade e o quanto lhe fez falta esse dinheiro? Acha que nunca mais passará por tamanho aperto?
Aconselho-o a ser cada vez mais exigente com qualquer governação, reivindicando clarificação e transparência de como estão a gerir o dinheiro público. Lembre-se que qualquer subsídio e apoio concedido e investimento efetuado é feito com o seu dinheiro.
Assusta-me a governação que empurra os problemas com a barriga. Recorrer sistematicamente a empréstimos para pagamento doutros empréstimos é protelar e aumentar dívida, colocar-se na mão dos bancos e criar dificuldades acrescidas para o futuro.
A justificação da necessidade de financiamento público para investimento e, assim, dinamizar a economia, não está totalmente correta porque há um limite a partir do qual, em vez de fazer evoluir a economia, faz-nos afogar em dívidas.
Afogados em dívidas não teremos condições para nada e viveremos pior. A prioridade passa a ser o pagamento das dívidas. Não há autonomia sem equilíbrio nas contas públicas. Quem paga as contas é quem manda. Se estamos sempre de mão estendida a Lisboa, quem manda não somos nós.
O segredo da boa governação é o equilíbrio. Ser oposição responsável é tão importante como governar.
De 2016 para 2017 a dívida aumentou 208,5 milhões de euros, cifrando-se em 31/12/2017 em 3,5 mil milhões de euros.
Desde junho do ano passado o Governo Regional contraiu 3 empréstimos no total de 860 milhões de euros - 455 milhões de euros, em junho de 2018, 50 milhões de euros em novembro de 2018 e 355 milhões de euros, a 15 de janeiro deste ano. Os dois grandes empréstimos foram para pagar outros empréstimos.
Apesar de ser necessário calcular o saldo da dívida que ficou por pagar, é quase certo que se voltou a aumentar a dívida.
Sabe quanto era a dívida em 2014? 4,29 mil milhões. Tire as suas conclusões.
Se já se assustou com este cenário, saiba que este ano, através das resoluções 7/2019, 8/2019, 9/2019 e 10/2019 alteraram-se condições de empréstimos que foram contraídos por este governo em 2016 (Ver JORAM I.ª Série, 14 de janeiro) referentes respetivamente aos empréstimos de:
- 5,286 milhões de euros para a Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo;
- 7,362 milhões de euros para a Sociedade de Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira;
- 6,595 milhões de euros para a Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira; e
- 4,593 milhões de euros para a Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento.
E todos nós sabemos quais as consequências da renegociação de empréstimos com os bancos. Nos próximos 4 anos, estaremos a enfrentar, novamente, o pagamento destes empréstimos. Como vamos pagar?
Isto para não falar nos problemas tipo pipocas que vão surgir, uns mais graves do que outros, mas a exigir a atenção e profissionalismo de quem ganhar as eleições. A começar pela correção do processamento dos ordenados dos trabalhadores da Vice-Presidência que, desde 2018, se encontram erradamente processados.
Deixo, pois, à consideração do leitor como classificar a nossa situação financeira e o cuidado que deve ter nas suas escolhas para o futuro. A continuar assim, o que acha que vai acontecer?
Os próximos 4 anos serão exigentes. Convém ter os pés bem assentes na terra. E quem ganhar as próximas eleições tem de estar preparado para lidar com estas situações.
Lembra-se dos cortes salariais que sofreu por ocasião da austeridade e o quanto lhe fez falta esse dinheiro? Acha que nunca mais passará por tamanho aperto?
Aconselho-o a ser cada vez mais exigente com qualquer governação, reivindicando clarificação e transparência de como estão a gerir o dinheiro público. Lembre-se que qualquer subsídio e apoio concedido e investimento efetuado é feito com o seu dinheiro.
Assusta-me a governação que empurra os problemas com a barriga. Recorrer sistematicamente a empréstimos para pagamento doutros empréstimos é protelar e aumentar dívida, colocar-se na mão dos bancos e criar dificuldades acrescidas para o futuro.
A justificação da necessidade de financiamento público para investimento e, assim, dinamizar a economia, não está totalmente correta porque há um limite a partir do qual, em vez de fazer evoluir a economia, faz-nos afogar em dívidas.
Afogados em dívidas não teremos condições para nada e viveremos pior. A prioridade passa a ser o pagamento das dívidas. Não há autonomia sem equilíbrio nas contas públicas. Quem paga as contas é quem manda. Se estamos sempre de mão estendida a Lisboa, quem manda não somos nós.
O segredo da boa governação é o equilíbrio. Ser oposição responsável é tão importante como governar.
De 2016 para 2017 a dívida aumentou 208,5 milhões de euros, cifrando-se em 31/12/2017 em 3,5 mil milhões de euros.
Desde junho do ano passado o Governo Regional contraiu 3 empréstimos no total de 860 milhões de euros - 455 milhões de euros, em junho de 2018, 50 milhões de euros em novembro de 2018 e 355 milhões de euros, a 15 de janeiro deste ano. Os dois grandes empréstimos foram para pagar outros empréstimos.
Apesar de ser necessário calcular o saldo da dívida que ficou por pagar, é quase certo que se voltou a aumentar a dívida.
Sabe quanto era a dívida em 2014? 4,29 mil milhões. Tire as suas conclusões.
Se já se assustou com este cenário, saiba que este ano, através das resoluções 7/2019, 8/2019, 9/2019 e 10/2019 alteraram-se condições de empréstimos que foram contraídos por este governo em 2016 (Ver JORAM I.ª Série, 14 de janeiro) referentes respetivamente aos empréstimos de:
- 5,286 milhões de euros para a Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo;
- 7,362 milhões de euros para a Sociedade de Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira;
- 6,595 milhões de euros para a Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira; e
- 4,593 milhões de euros para a Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento.
E todos nós sabemos quais as consequências da renegociação de empréstimos com os bancos. Nos próximos 4 anos, estaremos a enfrentar, novamente, o pagamento destes empréstimos. Como vamos pagar?
Isto para não falar nos problemas tipo pipocas que vão surgir, uns mais graves do que outros, mas a exigir a atenção e profissionalismo de quem ganhar as eleições. A começar pela correção do processamento dos ordenados dos trabalhadores da Vice-Presidência que, desde 2018, se encontram erradamente processados.
Deixo, pois, à consideração do leitor como classificar a nossa situação financeira e o cuidado que deve ter nas suas escolhas para o futuro. A continuar assim, o que acha que vai acontecer?
Os próximos 4 anos serão exigentes. Convém ter os pés bem assentes na terra. E quem ganhar as próximas eleições tem de estar preparado para lidar com estas situações.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
17/02/19
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