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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
“Não haverá condescendência” do Governo com quem quer atacar a ADSE
A
ministra da Saúde garantiu hoje que os beneficiários da ADSE podem
estar tranquilos, sublinhando que “não haverá qualquer condescendência”
do Governo com quem esteja “interessado em diminuir ou atacar” o
subsistema de saúde da função pública.
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“É inequívoco o apoio do
Governo ao funcionamento da ADSE”, começou por sublinhar aos jornalistas
a ministra da Saúde, Marta Temido, à saída de uma reunião, esta tarde,
em Lisboa, com os membros do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da
ADSE.
“Não subsiste qualquer dúvida sobre a tranquilidade para os
beneficiários da ADSE de que, da parte das tutelas, do Ministério da
Saúde e do Ministério das Finanças, não haverá qualquer condescendência
relativamente a quem por ventura esteja interessado em diminuir ou
atacar este subsistema público de saúde”, acrescentou a governante.
Em
causa está a intenção anunciada por alguns grupos privados de saúde,
entre os quais a José de Mello Saúde, a Luz Saúde ou Os Lusíadas, de
denunciarem as convenções com a ADSE, após o instituto público ter
exigido o pagamento de 38 milhões de euros por excesso de faturação
relativa a 2015 e 2016.
Marta Temido salientou que o Governo quer
deixar uma mensagem “bem sublinhada” de que apoia a negociação entre o
Conselho Diretivo da ADSE e os prestadores privados, mas “sempre numa
lógica de boas contas, de respeito pelas regras e pela legalidade”.
Questionada
sobre se é possível legalmente suspender as convenções, como ameaçam
alguns privados, e se o Governo vai contestar a denúncia caso avance, a
ministra considerou que esta não é altura para se pronunciar sobre a
questão.
“Não gostaria, neste momento, de me pronunciar sobre a
suspensão de convenções, pois temos boa expectativa de que, em resultado
desta negociação que irá ser feita, esse processo não seja necessário
e, portanto, é prematuro estar a inquinar a possibilidade de diálogo”,
defendeu a governante.
Também o presidente do CGS da ADSE, João
Proença, disse ter saído da reunião no Ministério da Saúde com a “plena
convicção” de que em breve serão marcadas reuniões entre a ADSE e os
prestadores de saúde no sentido de se encontrar uma solução.
Para
João Proença, “a solução tem de passar claramente pelo respeito pela
lei e pelas convenções”, pelo que a ADSE não abdicará do pagamento dos
38 milhões de euros em causa, defendeu.
“Há coisas que não são
negociáveis, que é o facto de haver preços justos, preços regulados, de
haver uma atuação sem discriminações”, acrescentou o presidente do CGS,
órgão onde estão representados os beneficiários, sindicatos e membros do
Governo.
João Proença adiantou que o que está em causa é a
fixação de preços máximos, regular os preços dos medicamentos e das
próteses “e regular uma prática sistemática de autorizações prévias,
como acontece nas companhias seguradoras”.
Na reunião foi ainda abordado o tema do alargamento da ADSE a outros beneficiários.
Sobre
este tema, a ministra frisou que o alargamento “corresponde à
expectativa de muitas pessoas que trabalham na administração pública,
nomeadamente em regime de contrato individual de trabalho”,
acrescentando que é uma matéria a analisar “em breve”.
* Uma valentaça!
Para quem não se lembre a ADSE é aquela instituição que alberga os portugueses os "filhos da mãe" e marginaliza todos os restantes portugueses, "filhos da outra".
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