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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Greve dos enfermeiros cancelou
2.657 cirurgias numa semana, mais
de metade das agendadas
Ministério da Saúde informou que das 4.782 cirurgias previstas nos dez hospitais e centros hospitalares, 2.657 não se realizaram devido à greve dos enfermeiros, que se realiza até 28 de fevereiro.
Das 4.782 cirurgias agendadas nos dez hospitais e centros
hospitalares para a semana entre 31 de janeiro e 8 de fevereiro, não se
realizaram 2.657, mais de metade do que estava previsto, segundo o
comunicado que o Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira. Até
ao final de fevereiro, altura em que termina a paralisação, o Governo
vai divulgar semanalmente o balanço da atividade dos 1o hospitais
afetados.
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Segundo o balanço semanal do Ministério da Saúde, o maior número de cirurgias adiadas registou-se no Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto (adiadas 823 das 1.226 cirurgias previstas — 67%), seguindo-se o Centro Hospitalar Universitário do Porto (adiadas 607 das 977 cirurgias previstas – 62%), o Centro Hospitalar Entre-Douro e Vouga (adiadas 362 das 586 cirurgias previstas — 62%), o Hospital de Braga (adiadas 305 das 666 cirurgias previstas – 46%), o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia e Espinho (adiadas 270 das 615 cirurgias previstas — 44%), o Centro Hospitalar de Tondela e Viseu (adiadas 140 das 332 cirurgias previstas – 42%) e o Hospital Garcia de Orta, em Almada, (adiadas 106 das 232 cirurgias previstas – 46%).
Em 08 de fevereiro juntaram-se à greve cirúrgica o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que no balanço do Ministério da Saúde regista 33 cirurgias adiadas das 114 previstas (29%), o Centro Hospitalar de Setúbal (adiadas 11 das 34 cirurgias previstas – 32%) e o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra,
sobre o qual o balanço do Ministério da Saúde não regista números de
cirurgias previstas nem das adiadas. O Ministério da Saúde considera
como dados provisórios os referentes ao Hospital de Braga e ao Centro
Hospitalar Universitário de Coimbra.
O Conselho de Ministros
decretou na quinta-feira uma requisição civil na greve dos enfermeiros
em blocos operatórios, alegando incumprimento da prestação de serviços
mínimos. A requisição civil foi feita aos enfermeiros do Centro
Hospitalar e Universitário de S. João, Centro Hospitalar e Universitário
do Porto, Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e Centro
Hospitalar de Tondela-Viseu. Esta segunda-feira, o Sindepor entregou no
Supremo Tribunal Administrativo uma intimação para proteção de direitos,
liberdades e garantias da classe, contestando a requisição civil.
A
polémica greve dos enfermeiros foi convocada pelo Sindepor (Sindicato
Democrático dos Enfermeiros de Portugal e pela Associação Sindical
Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e só termina a 28 de fevereiro. A
primeira “greve cirúrgica” decorreu em blocos operatórios de cinco
centros hospitalares entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018,
tendo levado ao adiamento de mais de 7.500 cirurgias. As duas greves
foram convocadas após um movimento de enfermeiros ter lançado recolhas
de fundos numa plataforma ‘online’ para financiar as paralisações, num
total de 740 mil euros. Segundo os sindicatos, os principais pontos de
discórdia são o descongelamento das progressões na carreira e o aumento
do salário base dos enfermeiros.
* A greve dos enfermeiros é justa, grave e é notícia pelas perturbações que causa no SNS. E que perturbações teriam sido evitadas se não fossem derretidos mais de 5 mil milhões de euros no covil que tem por nome BES/NOVO BANCO?
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