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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Venezuela deve 3,8 mil milhões
às companhias aéreas
Aprofundar da crise torna cada vez mais improvável a repatriação de capitais gerados com a venda de bilhetes, diz a IATA. TAP tem contas saldadas.
Lufthansa, Air France-KLM ou Emirates. A Venezuela deve 3,8 mil
milhões de dólares às companhias aéreas. Os números, cedidos ao Dinheiro
Vivo pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), resultam
de venda de bilhetes em bolívares e nunca repatriados por falta de
autorização do governo de Caracas para que se faça a devida conversão.
Durante anos, a companhia aérea portuguesa, TAP, também se viu a braços
com este problema, que resolveu impedindo a venda direta de tarifas
naquele país.
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A Venezuela está longe de ser o único país com
fundos bloqueados. Pelas contas da IATA existem 16 países a vedar o
acesso a capitais gerados com bilhetes, onde se incluem a Nigéria,
Angola, Sudão, Bangladesh ou Zimbabwe. No entanto, é em Caracas que está
o maior valor em dívida.
"A conectividade fornecida pela aviação é
fundamental para o crescimento económico e o desenvolvimento dos
países. A aviação garante empregos e o comércio e ajuda as pessoas a
levar uma vida melhor. Mas as companhias aéreas precisam ter confiança
de que poderão repatriar suas receitas para levar esses benefícios aos
mercados", lembrou recentemente Alexandre de Juniac, CEO da IATA,
organização que há vários anos apela a uma resolução do conflito.
Alexandre de Juniac diz também que "o aprofundar da crise venezuelana
torna cada vez mais improvável a resolução" deste impasse, bem como o
normal funcionamento da aviação no País.
Várias companhias aéreas,
como a Avianca, Delta Airlines, United Airlines, travaram a sangria
abandonando o país. E a própria IATA encerrou os seus escritórios em
Caracas, em janeiro do ano passado, passando a operar aquele mercado
unicamente a partir do Panamá.
Não é só. Expedia e Orbitz,
websites de viagens, anunciaram recentemente que vão deixar de vender
bilhetes para a Venezuela, sob o pretexto de garantir a segurança e o
bem-estar dos turistas.
Muito mais do que a aviação
A
braços com uma recessão há já cinco anos, a crise na Venezuela está a
arrastar empresas de vários setores de atividade. À falta de acesso aos
dólares, junta-se também a escassez de matérias-primas e a hiperinflação
que trava o consumo. Entre as empresas que estão a evitar Nicolas
Maduro está a Pirelli ou a fabricante de cereais, Kellogg's, que
abandonaram recentemente o país. Desde 2002, a Associação Nacional de
Comércio e Serviços estima que 500 mil empresas tenham fechado as
portas.
* Preocupa-nos o povo venezuelano, uma grande parte ainda não percebeu que vai morrer à fome, de doença ou na espingarda dum militar abjecto.
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