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Apesar das diferenças, os novos dados representam uma melhoria "relativa" das condições de equidade salarial entre mulheres e homens no contexto europeu. No entanto, e segundo o CITE, Portugal continua a sobressair na análise ao apresentar níveis elevados de desigualdade salarial em relação ao género.
Em 2016 os salários das mulheres subiram mais do que os dos homens
O fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal crescera 4,6%, situando-se em 2016 nos 17,5%, menos 0,3% do que no ano anterior.
A nível europeu, segundo os dados do Eurostat, os Estados-Membros que lideraram o 'ranking' da diferença de remuneração entre homens e mulheres em 2016 foram a Estónia (25,3%), a República Checa (21,8%), a Alemanha (21,5%), o Reino Unido (21,%) e a Áustria (20,1%).
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
A partir de domingo, as portuguesas
estão a trabalhar de graça
Os homens continuam a ganhar mais 157 euros por mês, mesmo quando desempenham as mesmas funções. As mulheres portuguesas recebem menos quase dois meses de salário.
A partir de dia 4 de novembro as mulheres deixam de ser remuneradas pelo seu trabalho,
enquanto os homens continuam a receber o seu salário até ao final do
ano. Esta é a conclusão de um estudo da Comissão para a Igualdade no
Trabalho e no Emprego (CITE) que todos os anos apresenta os últimos
dados referentes à desigualdade salarial entre os dois sexos.
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O
dia 4 de novembro é precisamente o Dia Nacional da Igualdade Salarial,
"uma data simbólica que traduz em dias de trabalho pago a disparidade
salarial de género e que assinala o dia a partir do qual, virtualmente,
as mulheres deixam de ser remuneradas pelo seu trabalho", refere o
comunicado do CITE, que avança ainda outros dados:
- Os salários médios das mulheres são inferiores em 15,8% aos dos homens, o que corresponde a 58 dias de trabalho pago.
-A diferença salarial entre homens e mulheres baixou de 16,7% em 2015
para 15,8% em 2016 no referente à remuneração média mensal base, o que corresponde a uma diferença salarial de €157,1/ mês em desfavor das mulheres.
Apesar das diferenças, os novos dados representam uma melhoria "relativa" das condições de equidade salarial entre mulheres e homens no contexto europeu. No entanto, e segundo o CITE, Portugal continua a sobressair na análise ao apresentar níveis elevados de desigualdade salarial em relação ao género.
Em 2016 os salários das mulheres subiram mais do que os dos homens
O mesmo estudo aponta que entre 2012 e 2016, a disparidade salarial
de género diminuiu em 2,7 por cento no que diz respeito à remuneração
média mensal base. 2013 e em 2014 foram anos em que a disparidade
salarial baixou devido à desvalorização dos salários dos homens e a
diminuição da disparidade salarial de género em 2016 ocorreu num
contexto de valorização dos salários de mulheres e de homens, devendo-se
ao facto de as remunerações médias mensais das mulheres terem crescido
(+1,9%), neste ano, de modo mais significativo do que as dos homens (+0,7%).
Entre as causas encontradas para esta diferença nos salários consoante o género estão a segregação horizontal e vertical no mercado de trabalho, a conciliação da vida familiar, profissional e pessoal e ainda os estereótipos que subsistem na sociedade portuguesa em relação ao papel desempenhado por homens e mulheres.
De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, entre 2011 e 2016, o
fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal cresceu 4,6%,
situando-se em 2016 nos 17,5%, menos 0,3% do que no ano anterior.
Em março deste ano, os últimos dados do gabinete de estatísticas da
UE indicavam que Portugal era um dos dez Estados-Membros em que a
diferenciação salarial de género mais subira entre 2011 e 2016.
O fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal crescera 4,6%, situando-se em 2016 nos 17,5%, menos 0,3% do que no ano anterior.
A nível europeu, segundo os dados do Eurostat, os Estados-Membros que lideraram o 'ranking' da diferença de remuneração entre homens e mulheres em 2016 foram a Estónia (25,3%), a República Checa (21,8%), a Alemanha (21,5%), o Reino Unido (21,%) e a Áustria (20,1%).
Roménia
(5,2%), Itália (5,3%), Luxemburgo (5,5%), Bélgica (6,1%), Polónia
(7,2%), Eslovénia (7,8%) e Croácia (8,7%) foram os países que ficaram
abaixo dos dez por cento.
* Machismo a bombar num país à beira mar.
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