HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Fundo de Resolução
agrava buraco para 5,1 mil milhões
Os recursos próprios do Fundo de Resolução ficaram ainda mais negativos em 2017 devido aos 792 milhões injetados no Novo Banco.
O Fundo de Resolução ficou ainda mais no
vermelho em 2017. O défice dos recursos próprios agravou-se em 344
milhões de euros para 5.104 milhões, segundo o relatório e contas desta
entidade divulgado esta quinta-feira. As contas pioraram devido à
provisão que o Fundo de Resolução teve de fazer para injetar no Novo
Banco e aos resultados negativos verificados em 2017.
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O Fundo de Resolução teve de injetar 792
milhões de euros no Novo Banco, “relacionada com a utilização do
mecanismo de capitalização contingente acordado entre o Fundo de
Resolução e o Novo Banco no âmbito do processo de venda desse banco”,
refere o comunicado. Além disso, esta entidade incorporou prejuízos de
104 milhões de euros durante o exercício de 2017.
Um quarto do Novo Banco vale 333 milhões
O impacto desses dois fatores nos recursos próprios do Fundo de Resolução foi parcialmente mitigado pelas contribuições feitas pelas instituições financeiras, no valor de 218 milhões de euros. E também pelo reconhecimento de que os 25% que o Fundo de Resolução detém no Novo Banco valem 33 milhões de euros.
Em 2016 o Fundo de Resolução tinha optado por dar como perdido todo o dinheiro aplicado no Novo Banco. Mas com a venda de 75% do banco ao Lone Star por mil milhões de euros, foi feito o “reconhecimento da valorização da participação”.
Juros e comissões custam 104 milhões de euros
O Fundo de Resolução explica o resultado negativo em 2017 com o custo dos financiamentos que obteve para injetar no BES, Novo Banco e Banif. No ano passado, os empréstimos obtidos para assegurar a resolução do BES e Banif tiveram um custo de 97 milhões de euros. 83 milhões desses juros foram pagos ao Estado, já que o Tesouro é o grande financiador do Fundo de Resolução.
Além daquele encargo com juros, o Fundo de Resolução teve um custo de sete milhões de euros com comissões pagas ao Estado devido a garantias pagas ao Estado pelas contragarantias relacionadas com obrigações da Oitante (entidade que ficou com os ativos do Banif que não foram absorvidos pelo Santander).
“Do resultado líquido negativo de 104 milhões de euros, cerca de 90 milhões de euros correspondem a valores entregues ou a entregar ao Estado”, defende o Fundo de Resolução.
* Percebem que o "Fundo de Resolução" é o dinheiro que nos sacam do bolso.
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