HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Deputado do PPM termina
greve de fome ao fim de 13 dias
Paulo Estêvão alega ter chegado a "acordo" com o Governo Regional sobre o fornecimento de refeições escolares à escola do Corvo
O
deputado do PPM, Paulo Estêvão, terminou hoje a greve de fome que
mantinha há 13 dias, alegando ter chegado a "acordo" com o Governo
Regional para assegurar as refeições escolares da escola da ilha do
Corvo.
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SEM MEIOS PARA FAZER GREVE DE FOME |
Contudo, o executivo regional já rejeitou que tenha havido qualquer "negociação".
"Através
da negociação que foi possível concretizar com o Governo Regional,
através dos senhores deputados Artur Lima (CDS/PP) e André Bradford
(PS), chegou-se a um acordo em que o Governo garante o fornecimento de
refeições escolares, na Escola Mouzinho da Silveira, da ilha do Corvo a
partir do próximo ano letivo", disse Paulo Estêvão à agência Lusa.
O
deputado do Partido Popular Monárquico (PPM) na Assembleia Legislativa
da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) diz que esse "fornecimento de
refeições" será feito "pela Santa Casa da Misericórdia da ilha do Corvo
ou de outro meio adequado, com exceção da construção de uma cozinha na
escola, que é a única ressalva que o governo quis colocar".
"Para
mim, desde o início o objetivo é que fossem asseguradas as refeições
escolares aos alunos, professores e a toda a comunidade escolar e isso
está garantido e, portanto, a partir deste momento está concretizada a
ação que segui desde o início e acabar com essa discriminação",
sublinhou.
Paulo Estêvão recorda que o
protocolo assinado "há dois anos" entre o Governo Regional e a Santa
Casa da Misericórdia da ilha do Corvo com vista ao fornecimento de
refeições "não tinha pernas para andar" porque havia "um desacordo total
em relação ao preço", que era o dobro do que constava na lei, além de
considerar "ser meramente simbólico".
"Para
o ano, e pela primeira vez depois de vinte anos de existência da
escola, os alunos do Corvo terão refeições escolares à hora do almoço
durante toda a semana", disse.
O
Governo Regional dos Açores emitiu, entretanto, um comunicado para
"tornar claro" que "não houve, nem há, nem diretamente nem por
interpostas pessoas, qualquer negociação concluída ou em curso" com o
deputado Paulo Estêvão.
Segundo a mesma
nota, as soluções que existem para o fornecimento das refeições
escolares na ilha do Corvo são "as que já existiam antes de o senhor
deputado Paulo Estêvão ter enveredado pela forma de protesto que
escolheu".
"O protocolo assinado com a
Santa Casa da Misericórdia do Corvo, datado de 17 de abril do ano
passado, e que prevê que a Santa Casa da Misericórdia concorra ao
fornecimento de refeições e que, nos termos da lei, deve ser lançado
pela Escola", lê-se no comunicado.
Paulo
Estêvão vai ser "observado" ainda hoje por um médico tendo pela frente
"um período de recuperação" com uma alimentação de forma progressiva,
mas espera estar de regresso "ao trabalho parlamentar" a partir da
próxima segunda-feira.
* Deseja-se que as crianças da ilha do Corvo tenham refeições o mais breve possível, mas nesta notícia quem é que mente?
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