HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Manifestação em França contra
aquisição da Monsanto pelo grupo Bayer
O grupo de manifestantes quer sensibilizar as instituições europeias, que têm de se pronunciar sobre o negócio de 59 mil milhões de euros, para o que considera ser um negócio nocivo para produtores e consumidores.
Dezenas
de pessoas manifestaram-se este sábado na cidade francesa de Lyon
contra a fusão de dois gigantes mundiais das áreas da farmacêutica, dos
pesticidas e da agricultura. O projeto de aquisição da norte-americana
Monsanto pelo grupo alemão Bayer precisa do carimbo da Comissão Europeia
e a votação está prevista para 12 de março.
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FONTE VÍDEO: ED-Verdades Ocultas Inconvenientes!
“O nosso
combate prende-se com a saúde pública, com a biodiversidade e com os
agricultores. Estamos a lutar contra os agroquímicos, contra a
agroindústria, mas não contra os agricultores” refere um francês, citado
pela agência Euronews.
Preços inflacionados, menos
qualidade e concorrência são algumas das preocupações manifestadas por
Bruxelas com a aquisição. A fusão garantiria à Bayer e Monsanto 30% do
mercado mundial de sementes e 24% do de pesticidas, pondo em causa a
política de livre concorrência, considerado um dos pilares da União
Europeia.
O
grupo Monsanto é certamente aquele sobre o qual, no setor em que atual, o
mais visado pelas críticas. É acusado de restringir a liberdade na
agricultura – condicionando a produção de sementes – e de enfeudar os
países mais pobres a uma produção que, a prazo, arruína os solos,
prolongado precisamente esse estado de pobreza. O grupo foi por diversas
vezes levado a tribunal pelas suas práticas.
Um dos casos mais emblemáticos que envolvem a Monsanto tem a ver com a guerra. A Monsanto, em parceria com a Dow Chemical, forneceu os 80 milhões de litros de Agente Laranja despejados sobre o Vietname para destruir as plantações de arroz do inimigo e desfolhar a vegetação, entre 1965 e 1971. O pesticida terá provocado cancro em milhares de vietnamitas e malformações em 150 mil crianças, mas as duas empresas já ganharam ou recorreram de várias sentenças judiciais condenando-as a pagar indenizações às vítimas. A Dow e a Monsanto só concordaram em pagar indenização aos soldados norte-americanos, num acordo feito em 1984.
No ano passado a Comissão Europeia autorizou duas megas fusões no setor agroquímico. Uma situação que os contestatários querem evitar que volte a ocorrer, desta vez com a compra da Monsanto – produtora de sementes geneticamente modificadas – pelo grupo farmacêutico e agroquímico alemão Bayer, num negócio que deverá ascender aos 59 mil milhões de euros.
Um dos casos mais emblemáticos que envolvem a Monsanto tem a ver com a guerra. A Monsanto, em parceria com a Dow Chemical, forneceu os 80 milhões de litros de Agente Laranja despejados sobre o Vietname para destruir as plantações de arroz do inimigo e desfolhar a vegetação, entre 1965 e 1971. O pesticida terá provocado cancro em milhares de vietnamitas e malformações em 150 mil crianças, mas as duas empresas já ganharam ou recorreram de várias sentenças judiciais condenando-as a pagar indenizações às vítimas. A Dow e a Monsanto só concordaram em pagar indenização aos soldados norte-americanos, num acordo feito em 1984.
No ano passado a Comissão Europeia autorizou duas megas fusões no setor agroquímico. Uma situação que os contestatários querem evitar que volte a ocorrer, desta vez com a compra da Monsanto – produtora de sementes geneticamente modificadas – pelo grupo farmacêutico e agroquímico alemão Bayer, num negócio que deverá ascender aos 59 mil milhões de euros.
* Uma notícia sobre os donos do dinheiro, aqueles que nos matam suavemente e ainda agradecemos.
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