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À semelhança do que
acontecera já em anteriores edições, no rescaldo da edição deste ano,
apesar da enchente, apesar de a grande maioria das pessoas terem dado
por bem gasto o dinheiro nos bilhetes, as autoridades voltaram a receber
quatro denúncias de violação e 21 de agressões sexistas. As vítimas são
mulheres, os acusados são homens.
Em vez de um qualquer debate ter inflamado as redes sociais tentando justificar com o comportamento das mulheres os abusos masculinos, o que está a ganhar vida são os rumores de que pode estar em preparação um festival rock exclusivo para mulheres no ano que vem. Foi a locutora de rádio Emma Knyckare quem teve a iniciativa e a anunciou depois da ideia ter surgido num tweet a propósito dos casos de alegada violação. A proposta era que este evento se dirigiesse ao público feminino ou transgénero, ficando as portas abertas a todas as pessoas que não se idenficam com o género masculino.
"O que diriam de um festival em que os homens não fossem bem-vindos, é isto o que vamos organizar até que TODOS os homens aprendam a comportar-se?" O tweet de Knyckare provocou de imediato uma forte onda de apoio e, poucas horas mais tarde, a locutora viria anunciar que o "festival veria a luz do dia no verão do próximo ano", acrescentando que, a seu tempo, mais informações serão dadas por parte do grupo de organizadoras que estão já a trabalhar para que este projecto vá por diante.
A criação de espaços não mistos tem sido uma medida implementando em alguns eventos de lazer, e já aconteceu nos recintos de alguns festivais com vista a garantir zonas de maior segurança Um exemplo foi o que ocorreu no Festival Glastonbury, no Reino Unido, que foi pioneiro ao instalar um espaço chamado Sisterhood, onde só eram admitidas mulheres, fosse na equipa técnica como nos visitantes. Outras inciiativas semelhantes chegam da América do Norte, com o Electric Forest (EUA) a manter uma zona de acampamento exclusiva para mulheres e actividades nas quais só elas podem participar, ao passo que o Shambhala (Canadá) também criou uma área reservada a mulheres depois de várias queixas de assédio em anteriores edições.
Voltando à Suécia, e deixando claro que a violência sexual não é apenas um problema dos países em desenvolvimento, o registo de agressões sexuais não tem parado de aumentar nos últimos anos, e, de acorco com a Brä, uma instituição que analisa os delitos relacionados com violência no país, só em 2016 se contabilizaram cerca de 20 mil agressões sexuais, quase o dobro face a números de 2007.
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HOJE NO
"i"
Suécia terá festival só para mulheres "até que os homens aprendam a comportar-se"
Não será a primeira vez que a cortina cai entre
os dois géneros, mas em 2018 as suecas vão ter condições para dizer um
"não" muito claro sem terem de se preocupar como se vestem, o que
consomem ou de que forma celebram e se divertem num festival de rock.
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A notícia ganhou tracção na mesma semana em
que se soube que um dos principais festivais de música da Suécia, o
Brävala, se viu obrigado a cancelar a sua edição de 2018 por
incapacidade de garantir a segurança no recinto.
Em vez de um qualquer debate ter inflamado as redes sociais tentando justificar com o comportamento das mulheres os abusos masculinos, o que está a ganhar vida são os rumores de que pode estar em preparação um festival rock exclusivo para mulheres no ano que vem. Foi a locutora de rádio Emma Knyckare quem teve a iniciativa e a anunciou depois da ideia ter surgido num tweet a propósito dos casos de alegada violação. A proposta era que este evento se dirigiesse ao público feminino ou transgénero, ficando as portas abertas a todas as pessoas que não se idenficam com o género masculino.
"O que diriam de um festival em que os homens não fossem bem-vindos, é isto o que vamos organizar até que TODOS os homens aprendam a comportar-se?" O tweet de Knyckare provocou de imediato uma forte onda de apoio e, poucas horas mais tarde, a locutora viria anunciar que o "festival veria a luz do dia no verão do próximo ano", acrescentando que, a seu tempo, mais informações serão dadas por parte do grupo de organizadoras que estão já a trabalhar para que este projecto vá por diante.
A criação de espaços não mistos tem sido uma medida implementando em alguns eventos de lazer, e já aconteceu nos recintos de alguns festivais com vista a garantir zonas de maior segurança Um exemplo foi o que ocorreu no Festival Glastonbury, no Reino Unido, que foi pioneiro ao instalar um espaço chamado Sisterhood, onde só eram admitidas mulheres, fosse na equipa técnica como nos visitantes. Outras inciiativas semelhantes chegam da América do Norte, com o Electric Forest (EUA) a manter uma zona de acampamento exclusiva para mulheres e actividades nas quais só elas podem participar, ao passo que o Shambhala (Canadá) também criou uma área reservada a mulheres depois de várias queixas de assédio em anteriores edições.
Voltando à Suécia, e deixando claro que a violência sexual não é apenas um problema dos países em desenvolvimento, o registo de agressões sexuais não tem parado de aumentar nos últimos anos, e, de acorco com a Brä, uma instituição que analisa os delitos relacionados com violência no país, só em 2016 se contabilizaram cerca de 20 mil agressões sexuais, quase o dobro face a números de 2007.
* Valentes suecas, um exemplo a seguir.
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