06/07/2017

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"

Chefe do Exército assume responsabilidade por Tancos e iliba políticos

O general Rovisco Duarte apontou esta quinta-feira falta de supervisão na segurança dos Paióis de Tancos e assumiu a responsabilidade do Exército, durante uma audição que decorreu à porta fechada, disseram à Lusa fontes presentes na reunião.
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O Chefe do Estado Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, foi ouvido na comissão parlamentar de Defesa desde as 18h00 de hoje, à porta fechada, durante três horas, para prestar esclarecimento aos deputados sobre o furto de material de guerra na base de Tancos, Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém. 

Fontes presentes na reunião contactadas pela Lusa adiantaram que o general confirmou a exoneração dos cinco comandantes responsáveis por indicar, rotativamente, efetivos para a segurança das instalações e assumiu que não foi uma decisão consensual. 

Assumindo que a figura da exoneração temporária não está prevista juridicamente, o general assumiu a decisão como um ato de comando que melhor protege os comandantes e o que assegura mais transparência nas averiguações. Segundo as mesmas fontes, o general apontou falta de supervisão, falhas na análise de relatórios, deficiências nas rondas no perímetro dos paióis e faltas no cumprimento de diretrizes, falhas que atribuiu às estruturas responsáveis por garantir a segurança dos paióis. Segundo vários deputados presentes na reunião, o general terá assumido a responsabilidade do Exército pelas falhas e nunca colocou a responsabilidade no plano político.

Outro deputado disse à Lusa que Rovisco Duarte defendeu que o número de efetivos previsto no plano montado para a segurança era considerado suficiente. O Exército anunciou há uma semana que foi detetada a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', com o furto granadas, explosivos, entre outro material de guerra. 

O chefe do Estado-Maior do Exército já tinha reconhecido que quem roubou o material de guerra do quartel de Tancos tinha "conhecimento do conteúdo dos paióis" e admitiu a possibilidade de fuga de informação.

 Além da investigação conduzida pela Polícia Judiciária Militar e pela Polícia Judiciária, está decorrer um inquérito no Exército para apuramento de eventuais responsabilidades. O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, vai ser ouvido sexta-feira sobre o mesmo tema, numa audição que será aberta aos jornalistas. 

* Atitude muito séria de CEME, oxalá seja suficiente para travar o folclore dos oficiais protestantes.

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