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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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NAV estuda mecanimos para travar
drones na zona dos aeroportos
O presidente
da NAV Portugal, Albano Coutinho, reconheceu hoje que a fiscalização dos
'drones' nas proximidades dos aeroportos é "muito complicada", mas diz
estarem em estudo mecanismos para que as forças de segurança atuem
rapidamente.
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"A fiscalização neste
caso concreto é muito complicada, porque estamos a falar de situações
que são reportadas e que, até chegarem a quem tem realmente o poder da
fiscalização, que são as forças de segurança, se não houver uma atuação
muito rápida, obviamente que é muito difícil encontrar ou até chegar a
alguma conclusão em relação aos prevaricadores", afirmou Albano
Coutinho, em entrevista à agência Lusa.
"Mas
nós estamos a trabalhar, junto da ANAC (regulador) e das forças da
segurança, a tentar encontrar mecanismos que permitam a quem tem a
competência para fazer a fiscalização, atuar rapidamente e encontrar
algumas das pessoas que realmente estão, neste caso, fora da lei, para
ver se conseguimos que haja uma consciencialização dos utilizadores dos
'drones', dos poucos que ainda prevaricam, para ver se evitamos que esta
situações continuem a acontecer", acrescentou o presidente da empresa
responsável pela gestão do tráfego aéreo.
Este
mês já se registaram sete incidentes, número que sobe para 11 desde o
início do ano, com 'drones' (veículo aéreo não tripulado) que surgem nas
zonas de aproximação aos aeroportos nacionais ou na fase final de
aterragem.
O regulamento da Autoridade Nacional da
Aviação civil (ANAC), em vigor desde janeiro deste ano, proíbe o voo
destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de
aproximação e descolagem de um aeroporto.
"Continua
a haver algumas pessoas que, ou por desconhecimento, ou porque preferem
ignorar aquilo que é a legislação, continuam a causar este tipo de
situações. Uma coisa posso garantir: se fosse cumprido tudo aquilo que
está no regulamento que foi criado pela ANAC, que foi divulgado e
continua a ser divulgado através do 'site' voanaboa, se as pessoas
cumprissem com aquilo que lá está, e são alguns princípios básicos muito
simples, se calhar não estávamos aqui a falar sobre este assunto, nada
teria acontecido", frisa o presidente da NAV Portugal.
Para
Albano Coutinho, os incidentes com 'drones' que violam o regulamento da
ANAC, voando a altitudes acima do permitido, representam uma
preocupação para a indústria aeronáutica.
"Realmente
é uma preocupação para nós, porque a atividade da nossa empresa tem
como principal pilar a segurança, e este tipo de acontecimentos são
situações que vêm trazer algumas preocupações em relação à segurança.
Mas vamos lidar com isto como sempre lidamos: com muito cuidado e com
muita atenção e sempre à procura de soluções para tentar evitar que
qualquer destes acontecimentos possa resultar em problemas que
obviamente ninguém deseja", salientou o presidente da NAV.
O
mais recente incidente com 'drones' registou-se na tarde de
segunda-feira quando um avião da companhia aérea Ryanair, vindo do
Porto, cruzou-se com um 'drone' quando sobrevoava a zona entre a Praça
de Espanha e Sete Rios, a cerca de 500 metros de altitude, já na fase
final da aproximação ao Aeroporto de Lisboa.
* Talvez seja complicado fiscalizar, mas não teria sido complicado legislar e regular com rigor o movimento dos drones e cadastrar os proprietários de drones, os possuidores de armas estão registados e os que fogem às regras habilitam-se a ser presos.
Estamos numa época em que camiões ou carros são utilizados para actos terroristas, porque não um drone?
* Talvez seja complicado fiscalizar, mas não teria sido complicado legislar e regular com rigor o movimento dos drones e cadastrar os proprietários de drones, os possuidores de armas estão registados e os que fogem às regras habilitam-se a ser presos.
Estamos numa época em que camiões ou carros são utilizados para actos terroristas, porque não um drone?
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