HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Merkel diz a Putin que sanções
vão continuar até acordos
de Minsk serem cumpridos
A chanceler alemã Angela Merkel disse hoje desejar o fim das sanções europeias contra a Rússia, mas insistiu no cumprimento dos acordos de Minsk para a resolução do conflito separatista.
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"Gostaria que tivéssemos a possibilidade de levantar as sanções
quando forem cumpridos os acordos", assinalou Merkel em conferência de
imprensa conjunta com o Presidente russo Vladimir Putin, após uma
reunião dos dois responsáveis em Sochi, (sudeste da Rússia), nas costas
do Mar Negro.
Merkel, após referir-se a "conversações
construtivas", lamentou a inexistência de "progressos" na resolução do
conflito no leste da Ucrânia onde, referiu, "se acentuam as tendências
separatistas" dos pró-russos. Merkel disse ainda que pediu a Putin para
ajudar na protecção dos direitos dos homossexuais na Chechénia, na
sequência de relatos sobre perseguições nesta república autónoma do
Cáucaso.
Na
resposta, e numa referência à situação na Ucrânia, o chefe do Kremlin
reiterou a posição de Moscovo de que o conflito no leste da Ucrânia "é
em primeiro lugar resultado do golpe de Estado em Kiev" em Fevereiro de
2014, e acusou as autoridades ucranianas de provocarem "a cisão dos
territórios" do leste do país "como todo o género de bloqueios"
económicos, financeiros e de outro género dirigidos às zonas controladas
pelos separatistas pró-russos.
Perante a preocupação
manifestada por Merkel pela "expropriação das empresas" nos territórios
pró-russos, Putin respondeu que "nada foi expropriado às empresas e seus
funcionários ucranianos, mas os trabalhadores "na impossibilidade de
receber matérias-primas e descarregar a mercadoria na Ucrânia, assumiram
a sua administração temporária para permanecerem com meios de
subsistência".
Os dois dirigentes abordaram um vasto conjunto de temas de actualidade, incluindo a Síria e direitos humanos.
Putin,
aliado do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, insistiu que o
ataque com armas químicas na localidade síria de Khan Sheikhun -- que
provocou 92 mortos e com Damasco a ser acusado de responsabilidade pelo
ataque pelas potências ocidentais --, exige "uma investigação
escrupulosa e imparcial".
O Presidente russo também se
pronunciou sobre as alegadas ingerências de Moscovo nas eleições
presidenciais nos Estados Unidos, em outros processos eleitorais na
Europa.
"Nunca nos metemos na vida política de outros
países. E gostaria que ninguém se metesse na nossa. Lamentavelmente,
observamos exactamente o contrário desde há muitos anos, como as
tentativas de influenciar os processos políticos internos da Rússia,
seja através de ONG ou de forma directa", denunciou Putin.
* Merkel, a única e verdadeira presidente da União Europeia, tudo o resto são acólitos.
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