HOJE NO
"OBSERVADOR"
Co-fundador da Google tem
planos secretos para construir
um dirigível humanitário
O co-fundador da Google, Sergey Brin, está a construir uma aeronave de alta tecnologia destinada a missões humanitárias em locais de difícil acesso, que será o maior avião do mundo.
O co-fundador da Google, Sergey Brin,
está a construir um dirigível de alta tecnologia destinado a missões
humanitárias em locais de difícil acesso. Será a maior aeronave do
mundo.
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De acordo com fontes ligadas ao projeto e contactadas pelo The Guardian, a construção deste dirigível está a decorrer no Silicon Valley, na Califórnia, num aeródromo da NASA, longe dos olhares do público. Uma destas fontes, que falaram sob condição de anonimato, afirma que este é um projeto “em grande escala”, sendo provável que esta construção chegue aos 200 metros de comprimento.
Porém, esta aeronave não chega a alcançar o tamanho do zeppelin Hindenburg, da década de 1930, ou do USS Macon, construído nos mesmos hangares onde está a ser idealizado o avião de Brin.
Brin,
que está a financiar a construção do dirigível (que custará entre 100
milhões a 150 milhões de dólares), quer que esta seja capaz de entregar provisões e alimentos em missões humanitárias realizadas em locais remotos. Mas não descarta a possibilidade de servir enquanto ‘iate’ aéreo para passeios com familiares e amigos.
Igor Pasternak, esteve envolvido nas fases iniciais do projeto enquanto designer, acredita que as aeronaves poderiam ter sido tão revolucionárias para o mercado mundial como a internet foi para as comunicações.
Sergey é muito inovador e futurista. Os camiões são tão bons quanto as estradas em que andam, os comboios só podem ir até onde os trilhos permitem e os aviões precisam de aeroportos. Mas os dirigíveis podem ir do ponto A ao ponto Z sem parar em nenhum lugar pelo meio”, disse Pasternak.
Mas, apesar de não precisar de uma pista
tradicional, tem um problema. Se um dirigível descarrega um carga
pesada, precisa de carregar um peso similar no lastro para evitar
descolar. Esta aeronave irá utilizar um sistema de botijas de gás para
controlar a sua flutualidade, o que possibilitará fazer descarregamentos
em quase qualquer lugar do mundo, segundo as mesmas fontes.
O
dirigível foi originalmente destinado a usar o hidrogénio como gás de
elevação, já que é mais barato do que o hélio e fornece mais 10% de
elevação. Mas estará para sempre ligado ao desastre de Hindenburg, em
Nova Iorque, em 1937. A Administração Federal de Aviação exige que os gases de elevação utilizados nos dirigíveis sejam não inflamáveis.
“O Sergey tem realmente uma paixão por este tipo de transportes“, afirmou uma das fontes.
Recuando
a 2014, Brin teve contacto com Alan Weston, um engenheiro aeroespacial
que já tinha sido diretor de programas da NASA, pedindo-lhe que
pesquisasse sobre tecnologia de dirigíveis para que pudesse construir
uma aeronave que viajasse a velocidades maiores do que as dos aparelhos
anteriores da mesma família.
O dirigível está a ser construído
longe do público, mas os testes de voo a uma aeronave com a dimensão
prevista serão impossíveis de ocultar.
* Esperemos que a ideia se concretize para depois aplaudirmos.
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